A FIGURA
JONAS
Chegou à Luz em setembro como contratação de recurso, mas rapidamente desmentiu quem achava que vinha para tapar buracos. É um dos preferidos da «nação benfiquista». Hoje, os colegas trabalharam para ele e nas bancadas roeram-se unhas: tudo pelo objetivo do rei dos goleadores. Fez dois golos, desperdiçou algumas boas ocasiões e ainda introduziu a bola no fundo das redes noutra ocasião (árbitro ajuizou mal o lance). Chegou aos 20 golos na Liga, ficando a um de Jackson Martínez.

ACEDA À CRÓNICA DE JOGO

O MOMENTO
Golo de Jonas, 83. Bis de Jonas, que se colocou, ainda com cerca de dez minutos por jogar, a um golo do colombiano do FC Porto. Os últimos dez minutos foram de cortar a respiração, com o público a sofrer como se o campeonato estivesse em jogo.

OUTROS DESTAQUES:

LIMA: ao contrário de Jonas, não está no pódio dos preferidos do terceiro anel, mas a utilidade do brasileiro é tremenda. Não é um jogador de nota artística Trabalha como poucos para a equipa, faz golos (muitos) e também assiste. Neste sábado, foi dele o golo inaugural dos encarnados, antecipando-se aos adversária para depois rodar e surpreender o guarda-redes insular. Já perto do final da primeira parte, assistiu Jonas para o segundo, picando a bola com arte à saída de Wellington. Bisou na segunda parte, não desperdiçando uma oferta de Maxi.
 
JÚLIO CÉSAR: defesa notável aos 16’ a remate de Alex Soares. No minuto seguinte voltou a evitar o empate dos insulares. No lance do 1-1 foi surpreendido pela movimentação de Danilo Pereira e acabou por não conseguir evitar que o cruzamento de Marega entrasse na baliza. Aos 43’ e aos 90’ voltou a travar com categoria novas tentativas do ponta de lança do Marítimo. Davam-no como velho quando chegou no início da época, mas o público da Luz rendeu-se às evidências. Na baliza das águias mora mesmo um Imperador. E como a baliza fica pequena com ele…
 
MAREGA: quem olha para ele, pensa que se trata de mais um daqueles pontas de lança que passam os 90 minutos entalados entre os centrais. Agora esqueça o que foi escrito, até porque Marega não é assim. Principalmente na primeira parte, fez a cabeça em água a Luisão e a Jardel. Baixou várias vezes para ajudar a construir jogo e também descaiu várias vezes para a direita, contribuindo para a confusão generalizada nas marcações dos encarnados. Apontou o único golo dos insulares, num cruzamento que acabou por aninhar-se caprichosamente nas redes do Marítimo. Fez balançar as redes mais duas vezes, mas estava em posição irregular.
 
DANILO PEREIRA: como ele cresceu nos últimos tempos. Danilo já não é apenas um trinco de raio de ação limitado. Será que posição «seis» ainda se adequa a ele? No plano defensivo dispensa apresentações. Tem pulmão para dar e vender e Ivo Vieira sabe-o perfeitamente. É comum vê-lo em terrenos adiantados, surgindo várias vezes em boa posição para visar a baliza. Foi preponderante no golo de Marega, importunando a ação de Júlio César.