Pedro Caixinha conhece bem o Sporting, equipa que representou entre 2003 e 2006 integrado nas equipas técnicas de Fernando Santos e José Peseiro.

Há dois anos e meio a viver no México, o técnico acompanha a realidade do futebol português à distância, mas acredita que os leões podem ficar mais fortes com a chegada de Jesus ao banco de suplentes.

Confrontado pelos jornalistas com a frase marcante de Jesus aquando da chegada à Luz, garantindo que a equipa ia jogar o dobro, Pedro Caixinha considera que o mesmo pode suceder em Alvalade com a chegada de alguns reforços.

«Não tenho acompanhado muito a equipa do Sporting e para fazer uma análise preciso de conhecer os jogadores. Acompanhei o desempenho da seleção portuguesa de sub-21, vejo que grande base da equipa pertence aos quadros do Sporting e seguramente há ali muitíssimo potencial para Jorge Jesus fazer aquilo que melhor faz: potenciar jogadores para que possam dar o seu melhor individualmente e fazer com que a equipa cresça», vincou.

A chegada do técnico bicampeão nacional ao Sporting está causar expetativas nos adeptos verde e brancos, que apontam a uma aproximação ainda mais efetiva a Benfica e FC Porto. Pedro Caixinha reforça esta tese com a capacidade que Jorge Jesus tem para potenciar ao máximo os jogadores que tem à disposição.

«Penso que, nos últimos dois anos, o Sporting tem-se aproximado mais daquilo que tem sido o Benfica e o FC Porto, quer com Leonardo Jardim quer com Marco Silva. Conhecendo Jorge Jesus, e gosto muito dele em termos daquilo que é a capacidade de potenciar os jogadores, direi que [o Sporting] tenderá claramente a aproximar-se», reforçou.

Relativamente à forma como Marco Silva saiu de Alvalade, o treinador do Santos Laguna mostrou-se surpreendido com o desfecho do processo e desejou sorte ao técnico cessante.

«Desejo sorte ao Jorge Jesus, que entra agora num novo projeto, e ao Marco para que encontre rapidamente o seu caminho. Surpreendeu-me a forma como saiu porque foi, de certa forma, conturbada. Este tipo de situações não me preocupa, mas deixam-me alerta. Se me perguntar se estou bem e se gostaria de regressar a Portugal para viver esse tipo de situações diria claramente que não. Em termos de organização desportiva sou, claramente, o líder da minha instituição e permitem-me desenvolver o meu trabalho. Quando há problemas resolvemos nas reuniões semanais à segunda-feira», rematou.