Por Sérgio Pires

O momento:

O jogo estava dividido e o Boavista mostrava-se ineficaz nas poucas oportunidades claras de golo que foram aparecendo. Depois de durante a primeira parte ter passado sobretudo por ele a reação estorilista à desvantagem, Tozé decidiu de novo fazer a diferença, entrou no meio-campo axadrezado com a bola dominada conduziu-a até à entrada da área e assistiu Kléber. À saída de Mika, o ponta-de-lança brasileiro picou a bola para o golo. Um lance de classe que decidiu o resultado e fez a diferença na partida.

A Figura: Kléber, de novo
Nas últimas sete jornadas, apenas tinha marcado num jogo, mas, uma vez matador, sempre matador... Kléber não precisou de muito para fazer a diferença num jogo em que fez o seu primeiro bis nesta temporada (em que leva um total de 10 golos em 20 jogos). Teve três oportunidades, marcou nas primeiras duas, primeiro de cabeça e depois numa desmarcação e desvio em habilidade, e quase fez um hat-trick num remate forte parado por Mika. Letal!

OUTROS DESTAQUES:

Tozé
Passa por ele quase todo o jogo ofensivo dos estorilistas e a sua qualidade de passe e capacidade de remate justificam-no. Coube-lhe boa parte das iniciativas para tentar anular a desvantagem, que durou quase toda a primeira parte, com particular destaque para um remate frontal aos 32 minutos, com a bola a sair por cima da barra. É português, jovem, tem qualidade e agora, que começa a acumular experiência como titular numa equipa da I Liga, falta-lhe o quê para ter uma oportunidade no «seu» FC Porto?

Montenegro
Não será por acaso que o principal foco de perigo boavisteiro, sobretudo na primeira parte, surgiu pela ala esquerda do ataque. A rapidez de Montenegro ajudou a fazer a diferença em vários lances, deixando os defesas estorilistas de nervos em franja. O mais bonito de todos aconteceu aos 41 minutos, com o argentino a recuperar a bola na zona intermediária a tirar do lance dois adversários e após um sprint de meio campo a rematar contra Kieszek. Que grande golo seria...