Lito Vidigal estreou-se esta sexta-feira em conferências de imprensa como treinador do Boavista para fazer a antevisão da receção ao Feirense, marcada para este sábado. Um jogo relativo à 20.ª jornada da Liga que o treinador classificou como «um jogo duro».

«Temos muita vontade de vencer este jogo. Foi pena não termos tido uma semana normal de trabalho, o que teria permitido treinar outros aspetos», observou o técnico, que sucedeu a Jorge Simão e, na terça-feira passada, viu a sua nova equipa ser goleada pelo Benfica, por 5-1, no Estádio da Luz.

Nos três treinos que já dirigiu, Lito Vidigal preocupou-se com «a recuperação física dos atletas» para a receção ao Feirense, que ocupa o 18.º e último posto da tabela classificativa, com 14 pontos, menos dois do que o Boavista.

«A equipa sente-se segura, quer ser competitiva e, acima de tudo, tem uma coisa só na cabeça, que é conseguir uma vitória neste jogo, que é importante para nós, para começarmos a subir na classificação», afirmou.

O Boavista reforçou-se, em janeiro, com um defesa-central, Jubal, um médio-ofensivo, Gustavo Sauer, um extremo, Perdigão, e um atacante, Alberto Bueno, mas perdeu o médio David Simão, que foi para o Antuérpia, da primeira divisão belga.

Lito Vidigal disse que «os reforços são os jogadores que estão» e, nesse sentido, acrescentou que a sua preocupação consiste em «procurar sempre soluções, e as soluções são os jogadores que estão à disposição».

«Temos que ser fortes e competitivos, porque vamos certamente atingir os nossos objetivos", afirmou.

A sua atenção focou-se depois na «massa adepta fantástica» que, em sua opinião, o Boavista possui, salientando que «a equipa, neste momento, precisa muito do carinho dos adeptos».

«Os adeptos têm de estar presentes e apoiar-nos. Pelo que vi nestes três dias de trabalho, a equipa é solidária, competitiva, profissional e dá o máximo, mas sabemos que só podemos ter êxito se formos extremamente unidos e se tivermos as bancadas repletas de boavisteiros», reforçou.

Lito Vidigal insistiu no apelo aos adeptos para que apoiem e «saibam sofrer com os jogadores». «Tenho a certeza que se soubermos sofrer juntos também vamos festejar juntos no final», completou.

O treinador recusou fazer contas sobre a permanência, referindo que o objetivo tem de ser lutar para «ganhar» todos os jogos ou «pontuar se tal não for possível». «Se formos competitivos e tivermos a atitude certa, podemos ganhar em casa e fora. É isso que queremos incutir nos jogadores, mas esta mudança de mentalidade leva tempo», notou.

O central Neris vai cumprir um jogo de castigo, enquanto Yusupha, Fábio Espinho e Sparagna não são opção para esta partida, por lesão. A este grupo pode ainda juntar-se Rafael Costa devido a uma mialgia no adutor esquerdo.