No Sporting era Yannick, no Benfica assinava Djaló, no San José Earthquakes utiliza apenas Djá na camisola. Uma mudança que não significa apenas uma mudança: significa um recomeço.

Nesta entrevista ao Maisfutebol, via Skype, Yannick Djaló reconhece que o último ano em Portugal foi muito complicado e por isso não lhe passa pela cabeça voltar.

Nem sequer ao Benfica.

Pelo caminho olha para a pré-época da formação de Jorge Jesus e tranquila os adeptos: é preciso dar tempo ao treinador porque ele não costuma falhar na valorização dos atletas.


Por que é que agora é só Djá?
Foi uma mudança. Como vim para o outro lado do mundo resolvi mudar. Para a minha família e para as pessoas que me são mesmo íntimas, sempre fui Djá. Mas quem sabe volte a colocar Yannick na camisola... Não sei.

Também significou uma espécie de recomeço na sua carreira?
Sim, também. A fase que tinha vivido nos últimos tempos não tinha sido a melhor e resolvi por isso dar uma mudança radical.

Gostava de ter saído de Portugal de outra forma?
Sim, gostava. Qualquer jogador gosta de sair sempre pela porta grande. Mas por vezes não é possível e infelizmente não foi possível para mim. O Benfica fez uma aposta em mim, as coisas não correram bem, não resultaram, mas a vida continua. Há que olhar para a frente e neste momento estou feliz aqui, as coisas estão a correr bem e isso é o mais importante.

Tem contrato de cedência ao San José Earthquakes até dezembro, depois ainda lhe resta ano e meio de contrato com o Benfica. Já pensou como vai ser o seu futuro?
Não, ainda não pensei seriamente nisso. De vez em quando estou a conversar com o meu empresário e abordamos isso, mas prefiro neste momento estar concentrado em fazer bem o meu trabalho aqui e depois em dezembro logo vemos quais são as opções.

Regressar ao Benfica é uma coisa que não lhe passa pela cabeça...?
Para ser sincero... tenho contrato com o Benfica, essa decisão não depende só de mim, mas tendo em atenção os últimos tempos que passei no Benfica o meu coração não pende muito em ir para o Benfica. Neste momento estou feliz aqui. Não sei onde estarei daqui a seis meses, espero apenas estar num sítio onde me sinta feliz.

E um regresso a Portugal?
Sinceramente, pelo que vivi nos últimos tempos aí, é um cenário que não me passa pela cabeça.

Como tem visto esta pré-época algo polémica do Benfica?
Vejo as notícias por alto e sei que não tem sido uma pré-época ao nível do que o Benfica pode produzir, mas também sei que quando começar a época a equipa vai estar melhor. O Benfica é um clube que tem sempre excelentes jogadores e tem também um excelente treinador, por isso tem tudo para dar a volta.

Por falar em treinador, tem havido algumas polémicas entre Jorge Jesus e a direção por causa dos jogadores que têm saído. De que lado é que o Yannick se coloca?
É complicado. O treinador tem um papel ingrato, todos os anos perde vários jogadores porque o Benfica é um clube ganhador, faz boas campanhas nas provas europeias e acaba por ter que vender. Por isso entendo que perder os jogadores que são acima da média seja complicado. Mas o treinador do Benfica também já mostrou que consegue formar e fazer grandes jogadores e acho que esta época não será diferente. Vai conseguir rentabilizar os jogadores que chegaram.

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