Primeiro minuto de descontos. Alanzinho cara a cara com Jhonatan, a partir da marca dos onze metros. Castigo máximo desperdiçado pelo Moreirense com um remate por cima do travessão num jogo pobre em que nem de penálti cónegos e vila-condenses conseguiram desfazer o nulo (0-0).

Com Adrien Silva titular pela primeira vez, após o empate frente ao Sporting, o Rio Ave – que ainda não ganhou fora de portas esta temporada – acaba por conquistar um ponto num jogo em que não conquistou qualquer lance de perigo durante o jogo. Acabou por resistir no último lance ao penálti, podendo cair em lugar e play-off no decorrer da jornada

Continua sem conseguir vencer dois jogos consecutivos o Moreirense, que nas últimas quatro jornadas vinha a alternar triunfos com derrotas. Mais competente e com mais lances de perigo, o Moreirense acaba por sair da receção ao Rio Ave a dever a si mesmo mais dois pontos.

Moreirense perde a vergonha e assume o jogo, mas sem frutos

Num intercalar entre chuva torrencial e ao sol a espreitar, Moreirense e Rio Ave olharam-se de forma envergonhada e desconfiada até. Respeitaram-se, talvez em demasia, e iniciaram o embate com demasiadas cautelas, não arriscando. Iam tentando muito longe das balizas num arranque de jogo pouco produtivo.

Foi o Moreirense a perder a vergonha e a desfazer-se da timidez inicial para passar a dominar o jogo, criando alguns lances de perigo. Jhonatan teve de fazer algumas intervenções mais complicadas, e com relativa tranquilidade os cónegos começaram a acumular lances de perigo, fazendo os vilacondenses entrar em modo sobrevivência.

O nulo ao intervalo premiava claramente um Rio Ave praticamente inoperante, sem capacidade para criar jogo, a estar pouco mais do que organizado, mesmo assim abrindo brechas para que a equipa de Rui Borges ameaçasse em diversas ocasiões abrir o ativo no marcador.

Alanzinho a onze metros da felicidade

Entrou ligeiramente melhor no jogo na segunda metade o Rio Ave. Após a nulidade da primeira metade o conjunto de Luís Freire teve capacidade para armar alguns – poucos – lances em que se conseguiu esticar até à área adversária, obrigando o Moreirense a ter mais cautelas defensivas.

O jogo ficou aberto numa toada de maior equilíbrio, voltando a ser o Moreirense a crescer para a fase final do jogo, procurando algo mais do que o empate. O momento do jogo ficou guardado para um dos últimos lances no Parque de Jogo Comendador Joaquim de Almeida Freitas: Alanzinho teve no pé direito o triunfo, mas falhou o penálti.

Um ponto para cada lado, uma espécie de castigo máximo a penalizar um jogo que pouco mais foi do que uma nulidade, essencialmente por parte de um Rio Ave a precisar de pontos. Falha o assalto ao quinto lugar o Moreirense.