Vasco Seabra manifestou a ambição de «vincar uma marca Boavista» durante a edição da Liga 2020/21, a começar pela visita à Choupana, para defrontar o Nacional, no sábado, em encontro da jornada inaugural.

«Queremos ter a alma e dimensão que o clube exige e acrescentar uma dinâmica que valorize o Boavista e os seus atletas, assente num jogo atrativo e numa grande vontade de olharmos para a baliza adversária. Quanto mais ocasiões criarmos e dominadores formos, mais perto estaremos de vencer», frisou o técnico, em conferência de imprensa.

O Boavista reforçou-se com nomes sonantes no defeso, em função do investimento de Gérard Lopez, proprietário dos franceses do Lille e dos belgas do Mouscron, mas Vasco Seabra descarta o peso dos anseios gerados nos adeptos e aponta à importância de revelar «um jogo consistente», que favoreça os atributos individuais do plantel.

«Percebemos, naturalmente, a expectativa de todos, mas temos os pés bem assentes no chão. Independentemente de termos vinte vitórias seguidas ou percalços pelo caminho, sabemos para onde queremos conduzir o nosso barco. Temos de ser muito humildes, sérios e determinados e sermos ainda mais fortes nos momentos difíceis», alertou.

Além da «profunda remodelação», o Boavista encontrou um «contexto de adversidade» movido pela pré-temporada realizada em plena pandemia de covid-19.

«No primeiro dia propusemo-nos encontrar soluções, em vez de olhar para desculpas ou para aquilo que nos está a acontecer. Queremos ser proativos e não vamos andar centrados naquilo que não controlamos, à exceção do treino e da capacidade de olhar para as coisas com vontade de ganhar», observou Vasco Seabra.

O terceiro treinador mais jovem da próxima edição da Liga estreou-se pelo Paços de Ferreira, entre 2016 e 2017, e reaparece na elite após somar créditos no Mafra, da II Liga, mostrando «satisfação» pelo plantel à disposição e «orgulho» por ter firmado um vínculo contratual de duas épocas com o emblema campeão nacional em 2000/01.

«Mais do que olhar a nomes ou percursos, sinto um balneário que vê o que somos hoje: muito bravos e valentes, a treinar com imensa vontade, tendo ambição naquilo que estamos a fazer e realismo no processo que queremos construir. É essa a imagem do clube e dos adeptos e também tem de ser a marca do treinador e dos atletas», defendeu.

Na Choupana, Vasco Seabra espera um Nacional «bem treinado e organizado», que assinala o regresso ao principal escalão com «muita gente da época anterior, dinâmicas alicerçadas e raízes muito próprias», tendo «acrescentado qualidade» no defeso e «adiantado a sua preparação», em virtude do desfecho antecipado da II Liga em 2019/20.