*por Raul Caires

Manuel Machado, treinador do Nacional, depois da derrota diante do BOavista (0-2), em plena Choupanam, em jogo da 15ª jornada da Liga.

[Explicação para esta exibição menos bem conseguida? ]

- Não entrámos bem. Alguma displicência com um golo muito consentido. E estava dado o mote para aquilo que viria a acontecer, com uma equipa pressionada e obrigada a vencer contra um concorrente directo na classificação. Instala-se algum nervosismo, perda de sistema, de processos.  Depois houve muita vontade, mas também muita falta de ideias. Conseguimos reagir, mas de forma muito pouco lúcida. O Boavista acaba por ser a equipa que melhor geriu o jogo, teve a vantagem de marcar primeiro, e acaba por ser um justo vencedor.

[Técnico antecipou-se à pergunta sobre a sua continuidade no comando técnico]

- No plano do momento, e já sei que me vão colocar esse tipo de questões, eu avanço já: esta é uma situação estranha para os nacionalistas, como é óbvio, quer para a sua administração, quer para o seu corpo técnico e alguns jogadores que transitam e, fundamentalmente, para os sócios e adeptos, que não estão habituados a passar por estes momentos. Eu também não.  Há mais de quinze anos que não tinha uma situação de fundo de tabela. E é normal que o momento seja vivido com algum desconforto e com algumas manifestações menos simpáticas.  Anormal seria que acontecesse o oposto.

[Chegou a dizer que não precisava de reforços. Acha ainda que sim?]

- Preciso é de ter os jogadores [que tenho] e condições e disponíveis, como é óbvio. Como viram, por exemplo, o Willyan, por muito que se peça, não tem condição para jogar ainda. Está a fazer um grande esforço depois de duas intervenções cirúrgicas, nos últimos dois meses. Está a fazer um grande esforço para poder jogar 20/25 minutos. Em termos de ideias, velocidade, de inteligência desportiva, na gestão de cada momento do jogo, é evidente, tenho de reconhecer, há um vazio. Mercado de janeiro poderá ser encarado.