FIGURA: Ricardo Costa

38 anos e futebol, para que vos quero? Para muito. Se a idade é um posto, o defesa internacional português provou-o mais uma vez nesta noite, em Paços de Ferreira. Rubricou uma exibição sólida a defender e apareceu de forma decisiva para materializar a eficácia do Boavista, ao minuto 35, com o golo da vantagem dos axadrezados. Primeiro golo da época do central a ser decisivo para a formação de Daniel Ramos. Resolveu vários problemas da equipa, de costa a costa. Experiência de sobra, útil a esta equipa.

MOMENTO: Ricardo Costa com cabeça para a decisão (35m)

O xadrez deu o que seria o xeque-mate no jogo ainda na primeira parte, quando a primeira transição bem conseguida resultou num livre e depois num canto batido por Sauer para Ricardo Costa, ao segundo poste, concluir de cabeça após uma tentativa de corte de Hélder Ferreira ao primeiro poste. Decisivo.

P. Ferreira-Boavista: toda a reportagem do jogo

OUTROS DESTAQUES

Stephen Eustáquio: o jogo do Paços circulou tanto pelo médio luso-canadiano que foi impossível não ter, a largos espaços, uma ou outra abordagem menos desejada. Jogo quase cheio do médio na ligação entre a defesa e o ataque. Consistente na posse de bola e a servir os colegas no último terço.

Douglas Tanque: entrada positiva para a segunda parte, a dar presença e músculo no ataque do Paços de Ferreira. Trabalhou e deu tudo, menos o golo tão desejado, que até ficou perto na primeira ocasião clara dos castores nesse período.

Helton Leite: terceiro jogo consecutivo com folha limpa na baliza. Na segunda parte, foi decisivo a contribuir para suster a vantagem da equipa de Daniel Ramos, com saídas a cruzamentos e defesas exigentes, aos remates de Bruno Santos ou Hélder Ferreira. É, indubitavelmente, um dos bons guarda-redes da Liga portuguesa.

Neris: exibição certa e regular na defesa do Boavista. Assinou cortes importantes no jogo aéreo, a cantos e cruzamentos do Boavista, bem como nas dobras para compensar os colegas no posicionamento.

João Amaral: boa exibição no terço atacante do Paços neste regresso à titularidade, a desequilibrar várias vezes nas investidas da equipa.

Yusupha: foi perdulário, mas em cerca de 27 minutos em campo, mexeu com o ataque do Boavista nas transições e três momentos interessantes. Dois podiam ter dado golo e um acabou com um penálti revertido.