A Liga vai continuar a «ser implacável» no licenciamento das competições e a ter exigência nos modelos financeiros que regem as sociedades desportivas, assegurou esta quarta-feira o presidente do organismo, Pedro Proença.

«Continuaremos a ser implacáveis quanto ao licenciamento das competições profissionais e exigentes nas infraestruturas e nos modelos financeiros que regem hoje as sociedades desportivas», referiu Proença, na abertura das Jornadas Anuais 2021-22 da Liga, que decorrem no auditório do Estádio José Alvalade, em Lisboa.

Proença assegurou que o novo Manual de Licenciamento «segue as boas práticas internacionais», nomeadamente o novo modelo de sustentabilidade da UEFA, que limita os gastos com salários, transferências e taxas de empresários a 70 por cento das receitas dos clubes.

O dirigente considerou ainda que o «futebol em Portugal vive uma alteração clara e objetiva do paradigma», na qual se inclui o «modelo de centralização dos direitos audiovisuais» que a Liga está a discutir.

Na abertura das Jornadas, nas quais estão representadas as 34 Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) das duas competições profissionais, Proença lembrou também que o futebol «é responsável por 0,25 por cento do PIB e pelo pagamento de impostos de 190 milhões», dados que, considera, «obrigam a indústria a refletir e modernizar-se».