Figura: Piscitelli

O habitual suplente de Daniel Guimarães merecia o destaque «só» pela defesa ao penálti que ele próprio cometeu no último minuto. Ofereceu, indiscutivelmente, um ponto à sua equipa. No entanto, a exibição de Piscitelli foi mais do que a defesa da grande penalidade. O italiano acumulou duas intervenções importantes: uma com os pés a pontapé de Camacho e a outra no frente a frente com Guga. Um autêntico muro. 


Momento do jogo: Não foi à Pelé, 90+3

No último minuto da partida, Piscitelli calculou mal a saída da baliza e derrubou Dala. O árbitro apitou falta fora da área, mas após ser alertado pelo VAR e de rever as imagens, decidiu-se pelo penálti. Pelé fez a típica «paradinha», mas viu o guarda-redes do Nacional defender o remate. Na recarga, o médio atirou ao lado com a baliza deserta. De vilão a herói em poucos minutos.

Outros destaques:

Geraldes: o melhor jogador do Rio Ave esta tarde. Começou o jogo em bom plano a arriscar dois pontapés de fora da área, mas foi na segunda parte que mais brilhou. Geraldes é o típico jogador inteligente que sabe onde colocar a bola antes de receber e encontra linhas de passe onde os outros veem pernas. Geraldes teve duas bolas deliciosas para Camacho e Dala que quase resultaram em golo. O médio marcou a diferença, sem dúvida. 

Kieszek: se a exibição de Piscitelli roçou a perfeição, a do polaco não ficou atrás. O guarda-redes do Rio Ave revelou-se sempre bastante seguro e exibiu bons reflexos em todas as tentativas de golo do Nacional com especial nota para o remate traiçoeiro de Thill no início da segunda parte.

João Vigário: com o Rio Ave a bloquear o corredor central, o Nacional privilegiou as laterais para atacar. Foi, por isso, sem surpresa que os maiores lances de perigo dos insulares saíram dos homens das alas. Seguríssimo a defender, Vigário mostrou critério e qualidade nas ações com bola, ficando perto de uma assistência deliciosa para Róchez - a bola esbarrou no poste.

Thill: ainda que a espaços, o luxemburguês mostrou por que razão foi considerado uma das maiores promessas do futebol europeu em 2017. Com a bola colada ao pé esquerdo, Thill encontrou as linhas de passe mais improváveis – aqueles que poucos conseguem ver – e municiou vários ataques perigosos dos insulares. O esquerdino ficou por duas perto do golo, mas Kieszek não deixou. Fez um boa exibição.