Jogo pobre em Moreira de Cónegos. Moreirense e Rio Ave defrontaram-se num mau momento e o futebol ressentiu-se disso, pelo que o empate acaba por ser um resultado natural face à pouco produtividade dos dois emblemas. Para não destoar da tendência da jornada o empate cifrou-se a uma bola com golos de Cauê e Roderick.

No final do primeiro tempo ainda se assistiu a uma fase positiva, com lances de perigo junto das duas balizas, mas a verdade é que se tratou de uma exceção à regra e apenas uma pequena amostra para os 1048 adeptos que estiveram nas bancadas.

No final da segunda parte a tensão subiu, Héldon foi expulso com segundo amarelo por protestos, Cauê marcou de cabeça, Roderick respondeu logo a seguir de grande penalidade, o Moreirense falhou uma grande penalidade nos descontos e de todas estas incidências sobra um ponto para cada lado que não agrada a ninguém.

Parada e reposta com guarda-redes a dar nas vistas

Moreirense e Rio Ave encontraram-se feridos no seu orgulho, depois de terem sido eliminados Taça de Portugal aos pés de emblemas do segundo escalão do futebol português. Talvez por isso, o encontro começou morno, sem intensidade e sem grandes riscos de parte a parte.

Com várias mexidas nos dois onzes, o figurino alterou-se a meio do primeiro tempo e os guarda-redes tiveram de mostrar serviço. Sem domínio de nenhuma das partes, nem com jogo articulado, Tarantini e Rebocho obrigaram Makaridze e Cássio, respetivamente a fazer defesas vistosas.

Makaridze para além de ter de se aplicar para travar uma cabeçada de Tarantini, teve de voar para evitar que um atraso mal calculado de Rebocho que quase dava numa assistência perfeita para Yazalde. Rebocho emendou, contudo, o erro pouco tempo depois com um potente remate de fora da área a proporcionar a defesa da tarde a Cássio.

Muitas incidências, pouco futebol

Há seis jogos sem vencer e sem marcar golos, Pepa mexeu na equipa ao intervalo, lançando o avançado Ramirez por troca com Podence, acrescentando uma unidade ao ataque para acompanhar Roberto.

O segundo tempo foi parco em lances de futebol, o futebol jogado não foi vistoso, mas sobraram incidências. A um quarto de hora do final festejou-se em Moreira de Cónegos, com Cauê a a marcar de cabeça. Fim do jejum de golos do Moreirense. O conjunto de Pepa preparava-se para agarrar-se à vantagem, mas Roderick empatou apenas dois minutos depois, de grande penalidade.

Nos descontos Pedro Rebocho teve nos pés a hipótese de carimbar o triunfo na transformação de um penálti, mas Cássio segurou o remate do lateral canhoto evitando a derrota. Pelo meio o Rio Ave acabou reduzido a nove elementos devido às expulsões de Héldon, por protestos, e de Roderick, na sequência do penálti.

O apito final de Tiago Martins fez-se sentir a meias com um autêntico dilúvio a mandar toda a gente para as cabines com um empate que não interessou a ninguém. Quarto jogo sem vencer do Rio Ave, o Moreirense voltou a marcar sete jogos depois, mas teve nas mãos mais do que o empate. Não se conseguiu livrar da lanterna vermelha. O diluvio fez acabar a seca em Moreira de Cónegos, mas não veio acompanhado de vitórias.