Foi debaixo de um dilúvio – habitual esta época no Estádio D. Afonso Henriques – que o Vitória fez o check-in para as competições europeias da próxima época. Um golo do inevitável Jota Silva deu o triunfo aos conquistadores (1-0) no duelo concelhio com o Moreirense, fazendo os vimaranenses cavar uma margem de onze pontos para o sexto classificado, precisamente o Moreirense.

À ponta de lança, Jota Silva foi às alturas ser a solução que o Vitória não estava a encontrar, cabeceando para fora do alcance de Kewin naquela que foi a quarta jornada consecutiva a marcar do, agora, internacional português. Competente e organizado, o Moreirense ainda conseguiu retirar ritmo ao duelo, anulando os principais pontos fortes da equipa da casa.

O tal momento de Jota Silva, a corresponder da melhor forma ao cruzamento de Bruno Gaspar, praticamente arruma a luta pelo quinto lugar, fazendo o Vitória cavar uma margem de onze pontos para este Moreirense – quando restam jogar sete jornadas – chegando a equipa de Álvaro Pacheco aos da frente. Encosta-se, ainda que à condição, ao Sp. Braga.

Promessas por cumprir em arranque sem sequência

Um cruzamento bombeado de Jota logo aos dois minutos fez Kewin ter de improvisar e defender para o travessão da sua baliza. Momento de frisson numa boa entrada do Vitória em campo, a querer cedo mexer com um jogo, mas a não ter sequência naquilo que foi o desenrolar do embate.

A equipa de Álvaro Pacheco até entrou bem no jogo, mas rapidamente o Moreirense encarregou-se de pausar o encontro, e geriu o mesmo. A equipa de Rui Borges não foi ousada, pelo contrário, até foi um conjunto contido, mas organizado e dessa forma retirou espaço de manobra ao Vitória.

Nessa toada, com mais responsabilidade a perseguir o resultado, a equipa da casa acabou por ser precipitada, a impaciência levou a que se cometessem demasiados erros na procura da baliza adversária, fazendo o cronómetro evoluir sem que se registassem grandes lances de perigo. Arranque prometedor por cumprir.

Jota define à ponta de lança

Com meia casa – 15.143 espectadores – o D. Afonso Henriques começava a inquietar-se, numa espécie de maior almofada de conforto ao Moreirense. Mesmo longe de incomodar ofensivamente, a equipa de Moreira de Cónegos incomodava pela forma como retirava os espaços ao Vitória e pela forma como ia tendo longas posses de bola no setor mais recuado.

Já com Kaio César em campo, a aposta de Álvaro Pacheco para tentar mexer com o jogo, o Vitória operou o derradeiro pressing. Bruno Gaspar, a dar amplitude ao jogo, impôs uma segunda vaga ao ataque com um cruzamento junto à linha de fundo, para Jota resolver o encontro.

Quarto triunfo consecutivo do Vitória de Guimarães, a arrumar com as contas europeias antes de receber o FC Porto no jogo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.