Com processos simples e incisivos o Moreirense voltou a sorrir e conquistou uma clara vitória no Algarve. Ao Portimonense faltou intensidade no início e pontaria depois. Pelo meio, tapar espaços, situação que se revelou fatal.

Foi sem espanto que o Moreirense foi para intervalo em vantagem, depois de uma primeira-parte em que foi a equipa mais perigosa, diante de um Portimonense com pouca intensidade e que concedeu muito espaço para a equipa minhota jogar.

Jackson Martinez até dispôs da primeira oportunidade do jogo, logo aos 2 minutos, quando rompeu pelo meio e atirou para defesa de Trigueira, que desviou para canto. Depois houve um deserto de ideias no ataque algarvio, que só no último minuto antes do descanso voltou a estar perto de marcar, num cabeceamento ao lado do avançado colombiano.

Entre os dois momentos o Moreirense impôs-se com um simples e prático que facilmente chegava à baliza defendida por Ricardo Ferreira, que aos 16 minutos viu Pedro Nuno rematar ao travessão e aos 28 desviou para canto com as pontas dos dedos uma tentativa de chapéu do mesmo adversário.

E seria de forma simples, como o seu jogo, que o Moreirense adquiriu vantagem, aproveitando a tal passividade algarvia, referida mais acima: Trigueira repõe a bola em João Aurélio com o lateral a descobrir um buraco na zona central, entre os médios e os defesas algarvios, onde apareceu Chiquinho a finalizar com classe, fazendo a bola passar por cima de Ricardo Ferreira, que voou mas não conseguiu chegar à bola. Um golo, que, diga-se, colocava justiça no marcador.

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A segunda-metade foi bem diferente, com o Portimonense a apertar o último reduto minhoto. Essa nova atitude começou logo com a substituição ofensiva que Folha efetuou no reatamento, retirando o lateral Tormena e colocando Dener, com Aylton Boa Morte a vigiar o corredor lateral.

A bola passou a rondar mais a baliza de Trigueira, mas faltou sempre qualquer coisa: ou a bola chagava curta nos cruzamentos ou a pontaria não era melhor.

Esta tendência ofensiva dos algarvios caiu que nem ginjas no futebol do Moreirense, que com o espaço dado na retaguarda, aproveitou para contra-atacar em velocidade. E, numa dessas transições, Ibrahima lançou Chiquinho na direita, com o avançado a colocar a bola no centro para Heriberto finalizar com a baliza aberta, dando um rude golpe na motivação do Portimonense, que poderia ter renascido quase de imediato, após uma jogada de Jackson Martinez na direita, que Tabata não aproveitou dentro da pequena área, atirando... por cima! Não marcou, depois de, novamente, a falta de cobertura dos espaços a fazer mossa ao Portimonense.

Paulinho e Lucas Possignolo, aos 69, tiveram nos pés a reentrada do Portimonense na discussão do resultado, mas os remates foram intercetados por um defesa, primeiro, e saiu por cima depois.

A história não se modificou até final, com o Portimonense a forçar no ataque e a conseguir entrar na área, mas sem conseguir finalizar a preceito e o Moreirense também a dispor de excelentes oportunidades para ampliar a vantagem, aproveitando esse adiantamento algarvio.