Luís Freire, treinador do Rio Ave, em conferência de imprensa, após o empate (1-1) na receção ao Estrela da Amadora, na 12.ª jornada da Liga:

«[O resultado é pior do que a exibição?] Já foi assim esta época e hoje, na primeira parte, o Estrela entrou bastante fechado a dar pouco espaço, com um bloco compacto e nós a circular a bola lentamente e [de forma] hesitante. Devíamos ter sido mais rápidos a circular a bola e a chegar aos corredores para abrir o meio ao Estrela. Não criámos muito perigo. O Estrela foi uma equipa muito expectante, até o golo é autogolo, nem fizeram um remate à baliza. Faltou-nos agressividade na primeira parte, conseguimos mesmo assim criar alguns lances.

Na segunda parte, foi um jogo diferente, com mais chegada à baliza e oportunidades, acabámos por ter vários lances e furar a muralha defensiva do Estrela, que só tinha tido um remate para fora. Fazemos o mais difícil, estava difícil a bola entrar, e, a seguir, numa desatenção individual, sofremos o empate, que é amargo. É melhor do que zero pontos, mas é amargo, fizemos muito mais remates, tivemos mais oportunidades e capacidade para jogar no meio-campo ofensivo. Fica um ponto, temos de procurar mais pontos no próximo jogo.

[Mão na bola não assinalada a fechar a primeira parte. Havendo VAR, entende como não se assinala aquele penálti?] Não entendo, é um lance evidente, a bola ainda por cima vai em direção à baliza, é cortada com a mão, iria pela baliza e possivelmente iria entrar. Era penálti evidente. É frustrante porque estamos numa luta difícil, precisamos de resultados para ganhar confiança, esta equipa joga assim sem essa confiança, com mais uma vitória ainda jogávamos melhor. Estamos no limbo, olhamos para a tabela e estamos naquela embrulhada. Só quero que sejam assinalados os lances que são para assinalar. Não entendo como o VAR não assinala este lance. Só espero que mude.

[Entrada de Hernâni] A entrada do Hernâni surtiu efeito, entrou bem, agitou o jogo, foi para  isso que o lançámos, para ter mais irreverência e um para um. O Zé Manuel deu mais presença na área, íamos mexer logo a seguir ao golo, não tivemos tempo para isso. Todos os jogadores deram o máximo, forçámos ao máximo e fizemos mais do que suficiente para ganhar o jogo.»