Declarações do treinador do Rio Ave, Miguel Cardoso, na sala de imprensa do Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde, após a derrota por 2-0 ante o Gil Vicente, em jogo da 25.ª jornada da I Liga:

«Os jogos têm momentos distintos e o Gil entrou forte, melhor do que nós e, à medida que o jogo foi decorrendo, fomos sendo mais competentes. Os últimos 15 minutos da primeira parte foram já num registo melhor. Na segunda parte, tirando os primeiros minutos, a equipa assumiu e chegou ao último terço como tinha de chegar.»

«Acontece o lance do penálti no momento em que estamos dominadores do jogo. O pormenor do penálti, com a expulsão, tira-nos do jogo, apesar da reação emocional da equipa – e de algum risco que assumimos, que acabou por nos penalizar no último minuto.»

«A entrada do Guga teve a ver com a tentativa de organizar o meio-campo. Não teve a ver com o Brandão, que saiu quando sentimos que já não estava a dar nada à equipa. Precisávamos que ele tivesse feito movimentos na profundidade na primeira parte, só que eles entraram bastante altos no jogo. Também é preciso entender que o Júnior é a segunda ou terceira vez que joga em período curtos. Foi a primeira vez que jogou mais tempo e, na disponibilidade para jogar, estava no limite. A opção passou por trocá-lo. O Guga não teve a ver com o Júnior. O Gelson Dala naquele momento passou para avançado, colocámos o Geraldes mais à frente, era importante ter bola e o Gelson, ia dar profundidade, o Chico dar bola e isso aconteceu a partir desse momento. Tomámos mais conta e estivemos no nosso melhor momento. O Gil Vicente faz uma paragem ao guarda-redes para quebrar o ritmo de jogo, estava numa fase de dificuldade e logo a seguir há o penálti que nos tira como tirou do jogo.»

[Expulsão do Filipe Augusto por pontapear a bola no lance do penálti:] «Pois. À medida que as épocas vão avançando, o controlo emocional é fundamental. Também tenho de controlar as minhas emoções. Obviamente que o Filipe, quando não conseguiu controlar alguma emoção, teve uma reação que nos penalizou a todos. Não vamos criar polémica com isso. Não foi positivo. O que é fundamental é os jogadores perceberem que o controlo emocional é importante.»