Nuno Espírito Santo não gostou de saber que o presidente do Belenenses está preocupado com o onze que o Rio Ave vai apresentar no jogo contra o P. Ferreira, adversário da equipa do Restelo na luta pela manutenção. O treinador dos vila-condenses admite, no entanto, alterar a habitual formação inicial, a pensar nas finais da Taça de Portugal e da Taça da Liga.
«Convido o presidente do Belenenses a vir a Vila do Conde ver como se trabalha uma grande equipa. Se achar que não é conveniente, tem bem perto grandes equipas que também fazem rotações e conseguem grandes êxitos. Pode ir ao estrangeiro, nomeadamente a Londres, onde outras grandes equipas fazem rotações. Se achar que tudo isso não é conveniente, que vá ao Google e se sente no sofá», afirmou aos jornalistas.
Nuno garantiu que o Rio Ave joga «sempre para ganhar». «A nossa postura foi sempre procurar a melhor equipa para vencermos os jogos. Somos uma grande equipa, não só com 11 ou 15 jogadores, mas com 30. Vamos, por isso, apresentar o melhor onze», reforçou.
Questionado sobre se a equipa se pode deixar afetar pela polémica, o técnico respondeu: «Temos a capacidade de estar fechados numa cápsula que não permite qualquer tipo de brecha. Somos um grupo forte e tudo o que possa vir de fora não entra».
Para o jogo de domingo, Nuno Espírito Santo espera «um jogo complicado, frente a uma equipa bem organizada, que joga no domingo uma das últimas cartadas». «Ninguém pode passar ao lado de que o Paços de Ferreira fez uma equipa para jogar na Liga dos Campeões. Estruturou o seu plantel com muita qualidade, são bem orientados», acrescentou.
O treinador do Rio Ave frisou que ainda há uma meta que pode ser atingida no campeonato: «Em caso de vitória, vai permitir-nos fazer 34 pontos e atingir um dos objetivos, que é ficar na primeira parte da tabela».
O presidente do Belenenses, em declarações à Lusa na quarta-feira, alertou que, caso o Rio Ave apresente uma equipa «mais fraca» frente ao P. Ferreira, poderá tomar medidas.
«Vamos ter de aguardar pela equipa que o Rio Ave vai apresentar no jogo, para, depois, eventualmente, fazermos algo ou não. Se o treinador tomar essa decisão, não significa que a responsabilidade se esgote no treinador. Há consequências para o clube», afirmou Rui Pedro Soares.
