Artigo original: 18h53

José Couceiro não acredita que Jorge Jesus sinta pressão adicionar no comando técnico do Sporting, até porque os seis anos passados do outro lado da Segunda Circular habituaram-no a lutar constantemente por títulos.

Para o antigo técnico dos leões, a única novidade neste processo é o facto de o treinador sair da Luz diretamente para a Alvalade, episódio relevante e que mexe com o coração dos adeptos.

«Não há peso, os treinadores estão habituados. Quando se está numa equipa de grande dimensão sabe-se que tem de se jogar para ganhar, para ser campeão. A pressão é idêntica estando num ou noutro clube. Há de facto o dado de se ter transferido do maior rival, mas não acho que haja mais pressão», sublinhou no final da cerimónia de apresentação da pós-graduação em treino de futebol de alto rendimento da Faculdade de Motricidade Humana.

De resto, José Couceiro acredita que, apesar da saída de Jesus, o Benfica parte em vantagem sobre os concorrentes diretos, já que vai começar a temporada ostentando o escudo de campeão nacional.

«Dois dos grandes estão numa situação pior, que são Sporting e o FC Porto, porque não são campeões. O Benfica, como é campeão, em termos teóricos parte com menos pressão», defendeu.

De resto, José Couceiro não gostou da forma como Marco Silva saiu do Sporting, preferindo que as coisas fossem resolvidas de outra forma.

«Acho que estas situações não são as melhores. Não gosto que as coisas aconteçam desta forma. Se há factos graves na altura em que acontecem dão uma ação de despedimento ou um processo disciplinar. Pelo Marco, pelo Sporting acho que não é um processo que devesse ter acontecido».

Depois de ter saído prematuramente do comando técnico do Estoril, José Couceiro estuda, agora, as melhores propostas para prosseguir a carreira, que deverá passar pelo regresso ao estrangeiro.

«É provável [que o futuro passe pelo estrangeiro], mas também é provável que não seja tão rapidamente e que seja mais daqui a alguns meses. Tenho que decidir rapidamente, mas ainda não tomei essa decisão. Lokomotiv de Moscovo? Neste momento não. Ficar em Portugal? Posso ficar, é o meu país, mas ainda não decidi nada. Felizmente posso parar para pensar», vincou.

Sobre a saída da Amoreira, Couceiro foi parco em palavras, encarando o assunto como um capítulo encerrado: «os jogadores mais novos deixaram de jogar… Enfim, houve uma série de contradições, mas não vou entrar em mais comentários», rematou.