Marco Silva admite que o resultado do dérbi «fez mossa» na equipa do Sporting, mas garante também que o plantel fez um balanço positivo da exibição frente ao Benfica, e que por isso parte com confiança para a visita ao Restelo.
 
«Eu disse no final do jogo que existia frustração. Por estarmos a ganhar 1-0 até bem perto do final de um jogo da importância que tinha o dérbi, e depois acabarmos por não vencer, ainda para mais da forma como jogámos, ou pelo menos tendo em conta que o adversário pouco fez para acontecer aquele resultado. Naturalmente que deixa mossa, mas a nossa vida é isto», disse o técnico na antevisão do jogo com o Belenenses.
 
«Analisámos o jogo, mas na terça-feira já estávamos a preparar o encontro seguinte. Seria muito melhor prepará-lo depois de mais uma vitória, que seria a sétima consecutiva, mas temos consciência que estivemos bem perto de o conseguir. Não o conseguimos por manifesta infelicidade e temos de dar a resposta no próximo jogo. Não adianta muito estarmos a chorar por aquilo que aconteceu. Analisar sim, ver onde podemos melhor, mas não irmos abaixo», defendeu.
 
O técnico registou um «crescimento muito grande» da equipa, «mesmo a nível exibicional». «Não pode ser este resultado a afetar-nos. Afetou no momento, mas uma equipa grande, com jogadores de qualidade, uma equipa de homens a sério dá a resposta no jogo seguinte. No treino seguinte já a deram», afirmou.
 
Confrontado com as dúvidas de Jorge Jesus relativamente à possibilidade de o Sporting lutar ainda pelo título, assumidas após o dérbi, Marco Silva garantiu que isso não serviu de pretexto para «espicaçar» a equipa: «Não podemos motivar-nos por aquilo que os adversários dizem. Compreendo a análise que foi feita, mas as nossas motivações são o emblema, a camisola que vestimos a orgulhar a grande massa adepta que temos. Não podemos motivar-nos com aquilo que um adversário diz, neste caso o Jorge Jesus. Não é por aí que arranjamos motivações. Quem trabalha neste clube tem de ter sempre a ambição no máximo. Uma vez ou outra, em casos diferentes, podemos usar isso. Mas neste caso não me parece algo de que necessitemos», afiançou.
 
Dependente de dois adversários para sonhar com o título, Marco Silva quer a equipa focada em fazer a sua parte enquanto espera por «escorregadelas» alheias. «Não conseguimos controlar isso. Conseguimos controlar o nosso trabalho, diário, para estarmos no melhor momento quando chegamos ao jogo. O resto tem importância, mas não conseguimos controlar. É ver se os nossos adversários fazem o seu trabalho ou não. O adversário deste sábado impõe respeito suficiente para não desviarmos as atenções. Jornada a jornada vamos fazendo as contas», afirmou.