O pé esquerdo de Rafa Soares guiou o V. Guimarães para o reencontro com os triunfos na receção ao Portimonense. Triunfo (2-0) com duas assistências do lateral esquerdo, a solicitar a cabeça de Mattheus Oliveira e de Guedes. Foi de cabeça, a meias com o pé esquerdo do lateral canhoto, que o Vitória faz por pressionar o vizinho Moreirense na luta pelo quinto lugar.

Numa primeira metade desenxabida de parte a parte o Vitória saiu para o intervalo em vantagem, confirmando o triunfo na segunda metade perante um Portimonense incaracterístico. O suficiente para vencer sem nota artística, igualando à condição o quinto posto da classificação. Há 31 anos sem vencer em Guimarães, o Portimonense aumenta esse registo, assim como o número de derrotas consecutivas: quatro.

Com um défice ofensivo nas últimas jornadas, Luís Castro operou duas alterações no onze comparativamente com a derrota em Tondela. Osorio regressou ao eixo da defesa, enquanto que no meio campo Mattheus Oliveira rendeu Pepê. Já o Portimonense apresentou-se em Guimarães com um sistema com três defesas e os laterais a fortalecer um setor intermediário remendado onde faltaram Pedro Sá e Paulinho.

Cabeçada de Mattheus não evita assobios

Apostado em apagar a má imagem deixada em Tondela, tal como Luís Castro prometeu, o Vitória ficou-se pelas intenções. Entrou em campo amorfo, a falhar vários passes e a cometer vários erros. Faltou velocidade e interligação entre setores, e a dificuldade para criar lances de perigo foi mais do que muita.

Sem coração (meio campo) mas com muita alma o Portimonense anulou bem os vimaranenses, jogou eximiamente com a linha defensiva a tirar a profundidade e pressionou nos sítios certos. Quando teve espaço lançou-se rapidamente para o ataque e criou alguns calafrios.

Hackman obrigou Douglas a uma intervenção aparatosa logo nos instantes iniciais e a primeira metade acabou com Jackson a falhar quando estava completamente isolado, servido por Rafa Soares que atrasou o esférico de forma displicente.

Valeu o minuto quarenta para o Vitória, com o cabeceamento de Mattheus para o fundo das redes, a levar a turma de Luís Castro em vantagem para o balneário. Ainda assim insuficiente para a exigente massa humana do D. Afonso Henriques, que brindou a equipa com assobios.

Guedes reencontra-se com os golos

Foi, forçosamente, diferente a segunda metade. Mais aberta, com mais duelos inesperados e com o jogo mais partido. Fez por reagir à desvantagem o Portimonense, lutou contra esse estigma a equipa da casa, não querendo ceder perante o maior ímpeto algarvio.

O jogo ficou partido em determinadas fases, com aproximações a ambas as balizas. Foi mais vertiginoso o Vitória. Guedes reencontrou-se com as redes adversárias dois meses depois de ter feito o último golo definindo o jogo. Outra vez Rafa Soares na assistência, o avançado fez o mais simples e cabeceou certeiro.  

Segundo tento depois de uma jogada em que o marcador não foi ampliado quase que por milagre. Quatro remates (!!!) no mesmo lance, dentro da área a deixar o Portimonense preso por um fio antes se sofrer o segundo golo.

Regresso aos triunfos do V. Guimarães, talvez o mais importante para os vimaranenses, apesar de Luís Castro ter pedido uma boa exibição antes do jogo. Teve alguns momentos por entre a tremedeira, ainda assim suficiente para impor o quarto desaire consecutivo aos algarvios.

Veja aqui o resumo da partida: