Em terra de bom peixe, o FC Porto saboreou um triunfo sem sal, mas também sem espinhas. A ementa não justifica nenhuma estrela Michelin, e poucos adeptos terão dado o dinheiro por bem investido (até pelas condições atmosféricas), mas no final foram os convidados azuis e brancos que saíram mais satisfeitos.

O FC Porto geriu praticamente todo o encontro a seu gosto, e mesmo sem grandes rasgos construiu um desfecho justo, com assinatura de Sérgio Oliveira, a alimentar a esperança na conquista do prémio final.

O único golo do encontro surgiu já à beira do intervalo, mas na verdade a equipa de José Peseiro mereceu chegar ao descanso em vantagem.

Chamado a substituir Ricardo na baliza sadina (Ricardo está no Bonfim por empréstimo do FC Porto), Lukas Raeder já tinha feito duas defesas aos sete minutos, a negar o golo a Brahimi e Sérgio Oliveira.

O Vitória respondeu com remates de Makuszewski e André Horta, com Casillas a mostrar alguma insegurança, mas a equipa sadina mostrou-se, neste período, incapaz de criar real perigo.

Mesmo sem acelerar, o FC Porto ia criando oportunidades regulares. Aboubakar, Brahimi e Herrera podiam ter inaugurado o marcador mais cedo, mas foi Sérgio Oliveira a festejar o golo que coroou a melhor exibição da noite.

O médio até teve ocasião idêntica já na segunda parte, mas aí atirou por cima (59m). O FC Porto continuava a controlar por completo o encontro, e só após a entrada de Hassan e Costinha é que o Vitória conseguiu assustar.

A sobremesa podia ter sido amarga

O luso-marroquino fugiu logo à defesa portista, mas já no interior da área optou por um passe lateral que Makuszewski não entendeu.

O FC Porto teve a oportunidade de encerrar o assunto ao minuto 85, mas Brahimi cabeceou para as mãos de Raeder, após cruzamento de Sérgio Oliveira (outra vez ele), e o Vitória juntou esperança para um assalto final à baliza de Casillas, que teve de aplicar-se perante um remate de Hassan (88m).

A equipa sadina acabou por dispôr de uma soberana ocasião para empatar, já em período de descontos, mas o inconformado Fábio Pacheco atirou por cima, pressionado por Maxi.

A abordagem descontraída do FC Porto podia ter penalizada ao cair do pano, mas o controlo que exerceu ao longo de quase todo o jogo não justificava tal punição.