Os jogadores da seleção portuguesa de râguebi foram recebidos na noite desta terça-feira, no Aeroporto de Lisboa, como heróis nacionais. Num ambiente de grande euforia, centenas de jovens e familiares dos jogadores entoaram o hino nacional e saudaram os lobos que regressaram do Mundial com a primeira vitória numa fase final no bolso.

«Uma loucura. Poder inspirar tanta gente e ter tanta agente atrás de nós é absolutamente brutal. Estou sem palavras. Queremos inspirar as novas gerações, novas pessoas para seguirem os princípios do râguebi. O que se está aqui a ver é isso mesmo, estamos muito orgulhosos», destacou Tomás Appleton, com a filha ao colo.

O objetivo, agora, é subir um degrau, já em 2027. «Se calhar é um bocadinho puxado dizer isto, mas, se as coisas continuarem a correr assim, podemos ambicionar chegar aos quartos», destacou ainda o pivot da CDUL.

Já o presidente da Federação de Râguebi, Carlos Amado da Silva, apontou para o futuro e para o profissionalismo da modalidade. «Há lições a tirar. Provámos que se tivermos os que os outros têm, podemos jogar contra qualquer equipa. Se derem condições aos não profissionais, nós vamos para a frente. A equipa chegou aqui, mas metade ficou em França, ficaram os profissionais», atirou.

Carlos Amado da Silva falou ainda da futura equipa técnica, uma vez que Patrice Lagisquet já tinha anunciado que ia sair depois do Mundial. «Não há dúvidas nenhumas, vai continuar tudo na mesma, com as mesmas ambições, os jogadores também vão ser quase todos os mesmos. Já está escolhido, mas só vou divulgar o nome para a semana. É um treinador francês, é um jogo que se adequa a Portugal e a maioria dos portugueses joga em França», atirou.

O dirigente revelou ainda que a seleção de râguebi vai ser recebida pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém e que, na próxima sexta-feira, a convite da Federação Portuguesa de Futebol, vão subir ao relvado do Estádio do Dragão, no intervalo do jogo com a Eslováquia, para serem homenageados pelos portugueses.