Declarações de Luís Freire, treinador do Rio Ave, após o empate 2-2 frente ao Portimonense, este sábado, 11 de Maio, em Portimão.

[Que análise faz à partida?]

Uma primeira parte em que nós, claramente, tentámos construir bem o jogo, tivemos a paciência necessária para quebrar bem a pressão do Portimonense e ter mais bola.

Tivemos algumas jogadas boas, fizemos um golo e podíamos ter feito o segundo pelo Boateng. Acaba por ser um jogo disputado de parte a parte na primeira parte, equilibrado, mas com ascendente da nossa parte na questão de estarmos bem com bola.

Muito mérito dos jogadores, com calor intenso, tivemos de ativar o chip competitivo para jogar num campo difícil com uma equipa que precisava muito de pontos.

Na segunda parte, o Portimonense acaba por subir um bocado as linhas e nós pagamos muito – também mas não só, há mérito do Portimonense – as muitas ausências que tivemos hoje e as adaptações que tivemos de fazer.

O Vítor Gomes acaba por sair com uma lesão, já tínhamos o Tanlongo de fora, já tínhamos o Amine a 8 quando a posição dele é 6, não temos o Teixeira, não temos o Graça, o Adrien fez um esforço grande, o Nóbrega acaba a 6 e é central, tivemos de tirar um central já esgotado e meter um lateral a central, o Aziz também não está, tivemos de ter 90 minutos de Boateng.

Muita gente a sacrificar-se campo, foi-se notado que perdemos frescura e clarividência. Há mérito do Portimonense, pela pressão que fez e no que é o caudal a jogar em casa, mas nós fomos ao limite, é pena não termos somado os três pontos, porque era uma forma de nós conseguirmos acabar ainda melhor a época.

Mas fica também mais um jogo sem derrotas, e valorizar a atitude dos jogadores, que dentro de todas as limitações compensaram-se muito bem.

Quem jogou de início esteve bem e quando não tivemos mais pernas tivemos de ir ao coração, ao sacrifício e ao profissionalismo. O mais importante foi o profissionalismo que apresentámos aqui, na perspetiva de disputar e ser competitivos no jogo.

Queria agradecer aos adeptos do Rio Ave, que estiveram cá outra vez. Estiveram sempre connosco desde o primeiro dia, sabíamos que a época ia ser difícil e os adeptos tiveram um comportamento fantástico.

Nunca nos intranquilizaram, nunca nos desestabilizaram, deram confiança e acreditaram até ao fim nos jogadores. Agradecer todo o apoio que deram e agora, no final, em nossa casa, vamos tentar despedir-nos da época da melhor maneira, adeptos e equipa.