Foi apresentado esta quinta-feira, no Salão Nobre da Alfândega do Porto, o livro «Luzes e sombras de um dragão, a biografia não oficial, mas autorizada, de Pinto da Costa. Na cerimónia esteve quase toda a gente, menos o próprio presidente do F.C. Porto. «Ele mandou dizer que não pode vir porque está a preparar uma tramóia que vai dar uma grande bronca», transmitiu a autoria Felícia Cabrita. «Amanhã ou depois de amanhã já toda a gente vai saber o que é».
A apresentação do livro continuou, com a palavra a pertencer a Manuel Tavares (director do jornal O Jogo convidado para fazer a apresentação) e às autoras Ana Sofia Fonseca e Felícia Cabrita. Esta última contou um bocadinho dos bastidores do trabalho que deu origem ao livro, referindo que tudo começou «com um telefonema a Pinto da Costa» que irritou o presidente. «Começou logo a perguntar como tinha arranjado o número e mostrou-se pouco disponível».
Mesmo assim ficou apalavrada uma conversa e a partir daí avançou-se para o trabalho, primeiro publicado no semanário Sol e depois transportado para livro. «No início toda a gente me dizia para não o fazer, que me ia meter com gente perigosa e mafiosa. Eu respondia-lhes que toda a minha vida lidara com mafiosos e eles retorquiam que aqui era diferente. No Porto mata-se, diziam-me. Não percebi nada disso. O que percebi foi que Pinto da Costa é um cavalheiro».
As palavras de Felícia Cabrita foram então acompanhadas de um forte aplauso de uma plateia de cerca de meia centena de pessoas, a maior parte das quais ligadas à moda e ao social (Miguel Vieira, Katty Xiomara e Fernando Povoas, por exemplo). Mas também pessoas ligadas ao desporto (Valentim Loureiro, Aurora Cunha, Domingos Paciência, Hernâni Gonçalves), à política (Nuno Cardoso) e outros amigos de Pinto da Costa (Lourenço Pinto e Fernando Sequeira).