Depois da derrota no clássico contra o Palmeiras, Vítor Pereira pediu tempo e sublinhou que não é mágico.

«Foram dois clássicos jogados, um com três dias de trabalho e outro com duas semanas, contra um clube que tem dois anos de trabalho. O Palmeiras tem dois anos de trabalho, nós temos duas semanas. Não é fácil construir um processo de jogo. Não faço milagres, não tenho uma varinha mágica nem sou mágico», frisou o técnico, em conferência de imprensa. 

Ainda assim, o técnico português do Corinthians recusou usar o pouco tempo de trabalho e a arbitragem como desculpa.

«Normalmente não arranjo desculpas. Sou treinador para analisar a realidade, o que se passou d meu ponto de vista. Tivemos dificuldades em perceber os espaços, por mérito do Palmeiras, que pressionou, muitas vezes de forma individual. Faltou-nos mobilidade entre os extremos e movimentos à profundidade para libertar esse espaço. Às vezes o espaço estava na profundidade ou era preciso uma troca para um jogador se libertar entrelinhas. Sentimos dificuldades», explicou.

«Faltou-nos maior agressividade sobre os centrais adversários. Permitimos que fizessem passes em profundidade, o que nos obrigou a correr para trás. Houve também dificuldade na construção e também faltas consecutivas fruto do excesso de agressividade que exigiam cartão amarelo. Depois o Palmeiras não poderia ser tão agressivo. Melhorámos na segunda parte, mas depois sofremos novo golo na sequência de um canto. Estávamos avisados para o lance, mas não fomos capazes de comunicar e de antecipar», acrescentou.