Filipe Moreira é o treinador de guarda-redes. Nelson Pires, o fisioterapeuta. João Gião, o especialista em metodologia de treino de campo. À primeira vista, nomes e funções desconhecidas, mas não o serão se olharmos para a seleção de futebol da Guiné-Bissau, que prepara a estreia na Taça das Nações Africanas (CAN 2017).

Diariamente, este trio de técnicos portugueses tem trabalhado com os ‘djurtus’ na preparação do CAN. Enquanto os adeptos sonham com vitórias, na comitiva guineense reina a palavra confiança. Ainda que alguns jogadores estejam com ritmos diferentes nesta altura da época.

Em declarações à agência Lusa, João Gião lembra que a Guiné-Bissau é estreante e que terá, pela frente, seleções cujos jogadores «jogam regularmente a Liga dos Campeões». «Não estamos a falar de adversários banais. Estamos a falar de equipas compostas por jogadores do topo mundial», acrescentou Gião, destacando o avançado gabonês Aubameyang.

«Pés bem assentes na terra», respeito pelos adversários e «humildade e capacidade de sofrimento» são as mensagens de João Gião para a entrada na CAN 2017, de uma seleção que quer «dignificar o nome da Guiné-Bissau».

Gião considera normal o facto do seleccionador Baciro Candé ter convocado mais médios do que defesas e avançados, opção que tem sido criticada pela imprensa desportiva do país.

A Guiné-Bissau integra o Grupo A e tem como oponentes os Camarões, Burkina-Faso e a equipa anfitriã, o Gabão. A CAN 2017 decorre de 14 de janeiro a 5 de fevereiro.