Em grande plano no Brasil, onde o «seu» Flamengo é líder do Brasileirão e está nas meias finais da Copa Libertadores, Jorge Jesus tem chamado muito a atenção da imprensa brasileira.

Esta quinta-feira, Gélson Baresi, jogador que trabalhou com Jesus no Vitória de Setúbal na época 2000/2001, aproveitou para contar algumas histórias.

«Ele trabalhava o jogador no limite em todos os treinos, até mesmo na parte física e tática. Muitos jogadores não compreendiam. Levavam para o lado pessoal e ficavam ofendidos», começou por dizer, em declarações à ESPN.

«O Jesus é um treinador que vive o futebol 24 horas por dia e transmite muita emoção. Às vezes até extrapola. Mas quando passas a conhecê-lo, percebes que ele faz isso para melhor a equipa. O jogador precisa de perceber a maneira dele lidar com o grupo», prosseguiu.

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Baresi contou depois que Jesus não permitia telemóvel à refeição e revelou como é que o técnico de 65 anos descobria se os jogadores tinham saído à noite ou não.

«Ele não deixava levar os telemóveis para o refeitório. Só nos levantávamos da mesa quando o último acabasse de comer. Ou seja, ninguém comia rápido para se ir trancar no quarto. Ele usava esse momento das refeições para conversar com os jogadores. Não sei se ele faz isso hoje em dia», afirmou.

«Nos jogos ao fim de semana não havia concentrações. Ele ficava parado no túnel que dava acesso ao campo todos os sábados à espera de todos os jogadores para os treinos de manhã cedo. Eras obrigado a apertar a mão dele e a dar bom dia em alto e bom som. Com isso, ele conseguia ver se tinhas ido para a noitada. Olhava para a tua cara e conseguia sentir se tinhas bebido álcool durante a noite. Dava para perceber se estava virado ou não.»