O sucesso de Jorge Jesus no Flamengo tem motivado algumas associações à seleção brasileira, e Luiz Felipe Scolari deixa claro que não levantaria qualquer reprovação a tal possibilidade.
«Não concordo com o pensamento de alguns campeões do mundo. O técnico bom, com qualidade, não tem nacionalidade. Se Jesus for escolhido, se tiver oportunidade de ser selecionador do Brasil, será com muito trabalho, boa vontade e dedicação, como faz nos clubes em que trabalha. Um técnico bom pode trabalhar em qualquer parte do mundo. Eu trabalhei em sete países e fui muito bem recebido. E espero que os meus colegas, se tiverem uma manifestação um pouco diferente, que a deixem de lado. Quando saímos, somos muito bem recebidos em qualquer parte do mundo. Devemos dar o exemplo quando recebemos técnicos estrangeiros», referiu o antigo selecionador de Portugal, em entrevista à Fox Sports Brasil.
Scolari fez questão de dizer mesmo que Jesus «sempre foi cooperativo», e até recordou um episódio: «Quando eu trabalhava na seleção portuguesa, a dada altura tinha um jogador a trabalhar na Rússia, que seria convocado, mas que estava posto de lado pelo seu clube, fui ao Belenenses e pedi ao Jesus que o deixasse treinar, para que me ajudasse em relação à seleção. Ele foi solícito.»
Scolari defende que os métodos de Jesus «não são diferentes dos métodos de alguns técnicos brasileiros», mas que «aplicou-os de uma forma tal que surgiu um efeito que ninguém esperava».
«Ajudou a que todos nós, técnicos, procurássemos entender de que forma ele tem trabalhado, para colocar em prática no futuro», concluiu.