Uma das figuras do Corinthians garante que o plantel ficou feliz com a saída de Vítor Pereira, que acabou depois por rumar ao Flamengo.

Entre elogios ao novo treinador, Fernando Lázaro, Róger Guedes deixa recados claramente dirigidos ao técnico português, embora nunca tenha referido o nome do técnico.

«Ficámos felizes por saber que era ele (Lázaro). Mas ficaríamos felizes só por saber que o outro tinha saído. Já estávamos felizes com isso. Não é preciso negar, nem mentir à frente das cameras. O ambiente agora é maravilhoso, é de "resenha", e antes não», explicou o número 10 do Timão ao podcast «Podpah», no qual também explicou porque não assinou com o FC Porto quando tudo parecia certo com os dragões..

«Eles não devem satisfação. Ele é que manda, é a hierarquia, mas tudo tem um convívio, é só falar, conversar. No início do ano o Fernando veio ter comigo e disse-me: "Sei como é o teu temperamento, eu entendo-te, sei que podes sair bravo de algum jogo. Não vou ficar lixado contigo, entendo-te". E nas vezes em que saí bravo, o ano passado, ele concordou comigo», acrescentou Róger Guedes.

«No ano passado houve três ou quatro jogos seguidos em que saí aos 15 minutos do segundo tempo. Quer fizesse golo ou não, eu saía. Se jogo mal...beleza. O jogador é o primeiro a saber quando está mal. Sais e ficas quieto. Mas quando está bem e sai do jogo... Eu saí nas duas finais da Copa do Brasil. Tu ficas... Na primeira saí chateado, o Renato também. Mas a imagem focou só em mim», recorda.

Róger Guedes lembrou ainda uma partida que marcou a passagem pelo Palmeiras, quando os colegas atiraram-lhe farinha e ovos e amarraram-lhe os pés e os braços, num treino de abril de 2017. Como se fosse o aniversário do médio ofensivo, que é... em outubro.

«Um dia antes do jogo o Eduardo Batista colocou-me no banco e nem falou comigo. Eu era um dos melhores da equipa, e ele nem falou comigo. Não me deve satisfações, mas não gostei. Era jovem e liguei ao meu empresário para dizer que me ia embora, que não ia ficar no banco, que não ia estar pronto se precisassem de mim. Conversei com algumas pessoas nesse dia. Fui ter com o Eduardo e disse que não tinha gostado da atitude dele. Apresentei-me no jogo e no dia seguinte, para treinar. Na altura fui burro. Os colegas, no balneário, disseram que eu tinha de passar no corredor. Eu quis ser rebelde e aconteceu aquilo. Partiram ovos, atiraram farinha... ainda acertei cotoveladas em alguns, e bateram forte. Depois queria matar toda a gente no balneário. Eu sei quais foram os que bateram, mas quero é que se lixe. Não sou rancoroso», concluiu.