Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional de andebol, em declarações na conferência de imprensa após o triunfo de Portugal sobre a Bósnia, que deixa a seleção à espera do resultado do França-Noruega para saber se fica já apurado.

«Sabíamos que a Bósnia era uma equipa lutadora e tentou fazer o melhor, mas demos uma boa resposta, num jogo com demasiados altos e baixos e intenso em termos emocionais.

Mantivemos o Fábio [Magalhães], que estava limitado, até faltarem 15 minutos para o fim. E acho que ele foi a chave do jogo.

Realçar a capacidade para aguentar os maus momentos e superar-nos pouco a pouco. Aprendemos a gerir os vários desníveis emocionais que acontecem no jogo, superar e vencer.

Estou muito orgulhoso dos meus jogadores e espero que possamos seguir em frente.»

[Está quase?]

«Neste momento fizemos a nossa parte e bem e já não depende de nós, depende da Noruega. Mas só depende da Noruega até terça, depois pode voltar a depender de nós. Vamos ver o que acontece e preparar o jogo dependendo do que acontecer. Ou para garantir o apuramento ou para passar em primeiro no grupo.»

[até onde vai a ambição de Portugal?]

«Quando vim para cá o nosso fisioterapeuta trazia muitas malas e eu perguntei-lhe para que era aquilo tudo. E ele disse-me: ‘professor, levo tape que dá até ao dia 25’. E é nisso que temos de pensar todos.

Tenho de ter atletas o mais frescos possível até ao fim da competição. Se estou a pensar na final? Porque não? Podemos estar a ser loucos ou demasiado ambiciosos, mas temos de pensar assim. Se passarmos esta fase o céu é o limite, porque estamos a jogar a um grande nível. Temos de ter esse pensamento para atingirmos objetivos importantes.

Para já, não sabemos se passamos à próxima fase. O próximo objetivo para nós é melhorar o sétimo lugar que foi o melhor até ao momento.»

[sobre o jogo com a Noruega]

«A jogar em casa, com todos aqueles adeptos e é o que tiver de ser. Vamos fazer o nosso papel até ao fim. Espero não ter de ganhar o jogo com a Noruega por muitos golos.»