Ao longo destes 13 anos o
Maisfutebol evoluiu muito. É inegável. Na quantidade de leitores, na visibilidade da marca e na diversidade de conteúdos. Apostámos em projetos paralelos, tivemos uma rádio, agora um programa de televisão.
No início a grande dificuldade, muitas vezes, era explicar quem éramos. O
Germano Almeida conta a história de um telefonema para o União de Lamas, a fim de perceber se havia solução para a crise financeira que assolava o clube. Referiu que era do
Maisfutebol e conversou com um dirigente durante mais de dez minutos.
Só na reta final da conversa é que o interlocutor percebeu que do outro lado estava um jornalista e não...um representante de uma instituição de crédito. «Ai é para um jornal? Então escreva aí que está tudo pago e nem precisámos de ir à internet», atalhou.
O projeto dava os primeiros passos, procurava ganhar nome e dimensão geográfica. Em jornada de Taça, com muitos jogos, não era fácil ter meios para estar em todo o lado. Uma jovem jornalista de Lisboa seguiu para o norte para fazer um Moreirense-Boavista que acabou à estalada, com calhaus a voar e pancadaria geral. Um batismo de fogo que acabou com a jornalista...escondida no balneário.
Outro dos projetos que passaram pela nossa história foi o MaisAndebol. O
Sérgio Pereira não esquece o dia em que, na final do campeonato no pavilhão da Póvoa de Varzim, entre Sporting e F.C. Porto, houve invasão de campo e uma enorme confusão, com a polícia a carregar sobre os adeptos do F.C. Porto. Os jornalistas presentes tentaram ir para um local seguro. No meio da confusão, Pinto da Costa agarrou-se ao braço do nosso jornalista e, de lágrimas nos olhos, pedia-lhe para ver como estavam os adeptos e relatar todos os incidentes.
Para o voleibol nunca houve um site especial, mas sempre demos atenção ao desporto. Tanta que ainda recentemente, pouco depois da polémica entre Sp. Espinho e Benfica e quando ainda não se sabia quem era campeão, um erro do
backoffice fez sair a notícia: «Espinho campeão de voleibol». Era do ano passado.
Outro arquivo que dá problemas, por vezes, é o dos contactos. Sobretudo quando se recorre à velha agenda telefónica da
Berta Rodrigues, com vinte anos de nomes ligados ao futebol. Costinha: mas qual, o médio ou o guarda-redes? Tiago, certo, mas o do Atlético de Madrid ou o que passou por Benfica e F.C. Porto? Solução: fazer figas e ligar. Às vezes acerta-se à primeira.
Ao longo destes treze anos o
Maisfutebol foi conquistando o seu espaço no panorama jornalístico português. Se no início muitos não nos conheciam, agora já nos temem.
Deixámos aqui o motivo. Escrito pela pena do
Ricardo Gouveia.
«Dois jogos suspensos e um interrompido num curto espaço de treze dias na aproximação ao ano de 2013 deram corpo ao que os meus companheiros denominaram como a...«maldição Gouveia». Começou a 6 de dezembro, com a receção do Sporting ao Videoton, para a Liga Europa. Um dia com intensa chuva que tornou o relvado de Alvalade impraticável e adiou o jogo para o dia seguinte, a dois dias do derby.
Seis dias depois continuava a chover e Pedro Proença considerou que não havia condições para a realização do V. Setúbal-F.C. Porto, adiado para janeiro. Uma semana volvida e já não chovia, mas o Estoril-V. Setúbal, para a Taça da Liga, não durou mais de cinco minutos. Coincidência ou não, com a queda de um raio apagaram-se os holofotes da Amoreira. Desta vez, o jogo ainda foi retomado, quase uma hora depois, mas a reputação do jornalista-que-adia-jogos já estava reforçada.»
Maisfutebol
5 jun 2013, 08:03
Maisfutebol, 13 anos: admitimos, não somos perfeitos (III)
13º aniversário, a data perfeita para recordar os azares e as gafes da história do nosso jornal
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