Nem Márcio sabe muito bem como a selecção de Andorra se lembrou dele. O médio tem agora 24 anos, nasceu no principado, mas passou sete anos em Marco de Canavezes, de onde os pais são naturais. Aos 19 anos, e depois de já ter vestido as camisolas do F.C. Marco e dos espanhóis do C.D. Teruel, tenta promover o Atl. Monzon à II B.
«O seleccionador descobriu que eu estava a jogar no Marco e ligou-me para saber se estava interessado em representar a selecção. A minha mãe tinha voltado há pouco tempo para Andorra e levou o meu irmão. Talvez tenha sido ele a comentar na escola que eu era jogador. Isso chegou aos ouvidos do seleccionador. Andorra é um país pequeno». E pronto, simples. Assim se faz um jogador internacional.
No Atl. Monzon, equipa da III divisão de Espanha, Márcio fez a melhor época da carreira. Acredita que no próximo ano poderá estar num clube melhor, mas não em Portugal. «Em Espanha também já se sente a crise, mas ainda vão pagando melhor e a tempo. Estamos a lutar pela subida e até posso continuar por cá.»
Para já, dá nas vistas com a camisola do país que o viu nasceu. Sempre na esperança de chamar a atenção a algum olheiro. «Tenho feito os apuramentos para os europeus e para os mundiais. São jogos importantes, há muita gente a ver, posso ter a sorte de fazer um jogo bom contra um grande adversário e dar o salto para um clube maior».