A figura

O guarda-redes Rui Rego esteve em destaque. Durante a primeira parte foi o grande obstáculo aos avançados do Marítimo. Foram quatro as defesas apertadas que teve de fazer e que valeram o nulo durante os primeiros 45 minutos. Na segunda metade teve menos trabalho, mas mostrou sempre segurança.

A desilusão

Foi uma das pedras do Beira-Mar na época passada. Artur era sem dúvida uma das apostas de Rui Bento face à escassez de soluções ofensivas neste primeiro jogo da Liga. Mas este atacante pouco ou nada se viu durante a partida. No Marítimo, o ponta-de-lança Baba também passou por completo ao lado do jogo.

O momento

O Beira-Mar só por uma vez esteve perto de marcar. E foi Nildo herói desse momento quando aos 17 minutos da primeira parte encheu o pé e a bola saiu direita à barra.

Positivo

O relvado do Estádio dos Barreiros está em excelente condições. Só joga mal neste terreno quem não tem condições e qualidade para praticar bom futebol.

Negativo

O apagão do Marítimo no segundo tempo. Depois de uma primeira parte prometedora onde desenvolveu bons lances de futebol só pecando na finalização, os pupilos de Pedro Martins mudaram e muito. Foram lentos, sem imaginação e não mais criaram perigo para a baliza de Rego.

Outros destaques

Cristiano é uma mais valia

Pode ainda não estar no seu melhor, mas Cristiano justifica, e muito, o esforço que a direcção do Beira-Mar fez na sua aquisição. O brasileiro é bom de bola e a sua classe ainda se viu nos Barreiros, embora não sendo bem acompanhado. Aos 27 anos pode voltar a bilhar nesta Liga 2011/12.

Sem reforços a prata da casa ainda vinga

O Marítimo não apresentou qualquer reforço nesta jornada inaugural. Pouga e Ibrahim não têm certificados internacionais, Hassan está lesionado e Salin ficou na bancada. Adilson e Olberdan regressam após um ano de empréstimo e sentaram-se no banco. Pedro Martins apostou na prata da casa oriunda da equipa B: Ruben Ferreira e Sami fizeram a ala esquerda, enquanto Heldon surgiu na direita. Depois, João Guilherme, Briguel e Baba também já passaram por essa formação BB em outros tempos. Os madeirenses ainda conseguem recolher frutos dessa aposta na II Divisão.

Hugo: a idade ainda é um posto

O capitão Hugo deu o exemplo. O central aveirense esteve impecável, mostrando grande sentido de colocação e não deu hipóteses a Baba. Foi patrão da defesa de Aveiro aos 34 anos, que não se fazem notar em termos de capacidades.

Danilo Dias ainda esteve irrequieto

Se na primeira parte o Marítimo esteve em destaque nos aspectos ofensivos, muito se deveu a Danilo Dias. Foram suas algumas das melhores jogadas da equipa e ainda atentou a sua sorte em termos de remate, mas Rego levou a melhor. Como toda a equipa, no segundo tempo perdeu-se.