Marítimo e Beira-Mar não fugiram à regra nesta primeira jornada da I Liga: empataram. E sem golos. Os locais tiveram uma boa primeira parte, mas no segundo tempo apagaram-se. O conjunto de Aveiro ainda acertou na barra, mas também mais nada fez para vencer. Assim, o empate fica-lhes bem.

O Marítimo apresentou-se sem Robson que chumbou no teste que fez antes da partida começar e Pedro Martins colocou João Guilherme ao lado de Roberge no centro da defesa. Depois, em ano de contenção de despesas, os madeirenses apostaram na prata da casa: Sami, Heldon e Ruben Ferreira vieram da equipa B e foram titulares. Quanto a reforços, nem vê-los.

O Beira-Mar, mesmo sem poder utilizar todos os jogadores contratados, apresentou-se com três novidades: Cristiano, Nildo e Zhang. Rui Bento montou um esquema bem defensivo, 4x1x4x1, com o chinês na frente, sozinho.

Assim, não foi de estranhar o grande domínio dos verde-rubros que desde muito cedo começaram a desperdiçar ocasiões. Aos 9 minutos, Roberto Sousa de livre directo obrigou Rui Rego a uma boa defesa. Aliás, o guarda-redes aveirense foi a figura da primeira parte evitando o pior para a sua equipa aos 16, 22 e 25 minutos. Heldon, Danilo Dias e Sami, bem tentaram a sua sorte, mas Rego levou sempre a melhor.

A turma de Aveiro só arrefeceu o «caldeirão» por uma vez. Aos 16 minutos, Nildo teve um tiraço que bateu na barra da baliza maritimista. E até ao intervalo nada mais.

O empate aceitava-se como castigo para os homens de Pedro Martins que dominaram mas não marcaram.

Onde já se viu? Nos Barreiros

Na segunda parte, os locais surgiram algo mais apáticos e foi o Beira-Mar a ter uma boa situação aos 53 minutos, com Cristiano a rematar forte mas ao lado. O técnico do Marítimo mexeu na equipa aos 57 minutos lançando Olberdam e Adilson. E tentou acordar a sua formação que estava a ser dominada e sem capacidade de criar perigo. Os aveirenses continuavam fechados a sete chaves, mostrando tranquilidade e rigor táctico. Apesar de esboçar alguma reacção, o onze madeirense não conseguia passar a barreira defensiva dos pupilos de Rui Bento.

Assim, a partida ficou enfadonha e sem grandes motivos de interesse para o muito público que esteve nos Barreiros. Os visitantes conseguiram o que desde muito cedo mostraram querer: empatar, pois chegar à vitória só mesmo com um lance de muita sorte. O Marítimo só se pode queixar de si próprio, pois desapareceu na segunda parte e durante a primeira não conseguiu ser eficaz. E os adeptos já começam a pensar onde já viram este filme! É que no ano passado, em casa foi sempre o mesmo problema.