Frontal, sempre frontal. Marco Materazzi fala abertamente do que pensa em entrevista à France Football. O antigo defesa italiano está a tirar o curso de treinador e oferece-se para ser adjunto do treinador que mais admira: José Mourinho, «o maior».

«Ensinou-me muito, como mais ninguém. Um dos meus sonhos é trabalhar com ele. Vale mais ser adjunto do José durante 30 anos do que treinar só dois. Aprende-se muitíssimo, iria nesta mesma noite», disse o campeão do mundo de 2006.

O tom elogioso muda radicalmente na altura de falar sobre Rafa Benítez. O sucessor de Mourinho no Inter teve a infeliz ideia de tentar remover a foto do português de uma sala onde estão as imagens de todos os técnicos da história do clube. Materazzi ficou doido.

«A história do Inter não pode ser apagada, nem discutida. E com esse gesto Benítez mostrou o seu caráter, que é o de uma pessoa fraca», disparou o ex-internacional italiano.

A famosa cabeçada de Zidane na final do Mundial-2006 foi também abordada. Materazzi voltou a clamar inocência e a referir que o francês não quis a reconciliação.

«Até Kofi Annan e Nelson Mandela agiram. Se duas pessoas como essas não o conseguiram, não é por minha culpa», explicou, garantindo que a ONU quis juntá-los e que Zizou não aceitou.

Por último, mais um tiro certeiro. Este em Ibrahimovic, que «nunca será um Messi ou um Ronaldo». «Quando um companheiro tem dificuldades há que ajudá-lo e não massacrá-lo. Esse é o seu grande defeito. Uma equipa não é só um jogador».

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