Carimbou o passaporte na Bósnia, bisou no derradeiro teste em solo lusitano. Raul Meireles, versão selecção, parte para a África do Sul com a mala cheia de confiança. Ainda bem.

A selecção nacional serve, não raras vezes, de espaço de recuperação para talentos descoloridos nos clubes. Meireles terminou a época sem grande brilho, no F.C. Porto, mas volta a provar que esta é outra história.

O Mundo olha para Portugal como a turma de Ronaldo. CR9 aceita o protagonismo e pede a bola. Uma e outra vez. À sua volta, um, dois, três adversários. Aí percebe-se a importância dos outros.

De Raul Meireles, de Deco, de Liedson, Paulo Ferreira ou Miguel. De vários jogadores que encontram a selecção como refúgio, após épocas irregulares nos clubes.

Deco, por exemplo, parece fresco como uma alface.

É a ironia suprema. Com a crescente exigência do calendário competitivo, nem sempre a forma durante a época serve de indicador.

As estrelas chegam a Junho com peso nas pernas. Este poderá ser mesmo o Mundial dos outros.