O neerlandês Mathieu Van der Poel (Alpecin) venceu, este domingo, o Paris-Roubaix, o terceiro «monumento» da temporada do ciclismo internacional.

O neerlandês de 28 anos chegou ao velódromo André-Pétrieux isolado, cortando a meta ao fim de 05h28m41s, depois de ter ficado isolado a cerca de 15 quilómetros da meta.

Quando a luta parecia destinada a ser entre Van der Poel e Wout Van Aert, o ciclista belga da Jumbo-Visma foi vítima de um furo, atrasou-se de forma inevitável e, no sprint pelo segundo lugar no velódromo de Roubaix, perdeu para outro Alpecin, Jasper Philipsen. Ambos chegaram a 46 segundos de Van der Poel.

Pouco antes do azar de Wout van Aert, John Degenkolb (Team DSM) viu as esperanças num melhor resultado e na luta pela vitória arrumadas com uma queda arrepiante. Terminou no sétimo lugar, a dois minutos e 35 segundos do primeiro.

Com o triunfo em solo gaulês, Van der Poel conquista o segundo monumento da época, depois de ter sido vencedor em Milão-Sanremo.

De resto, não faltaram abandonos, colisões, quedas e outros azares e problemas, naquela que é de forma unânime considerada a clássica mais dura do mundo.

Um dos momentos caóticos do dia aconteceu no mítico bosque de Arenberg, a cerca de 94 quilómetros da meta, com a queda do campeão de 2022, Dylan Van Baarle, numa colisão que envolveu, entre outros, Kasper Asgreen, Matej Mohoric e Fred Wright. Três deles abandonaram, Mohoric ainda continuou e acabou em 29.º. Pouco antes, Derek Gee foi vítima de um furo numa roda, num momento perigoso, numa corrida para verdadeiros heróis.

O português Rui Oliveira (UAE Team Emirates) foi 52.º, a seis minutos e 48 segundos do vencedor. O outro ciclista luso, André Carvalho (Cofidis), foi 94.º classificado, a 17 minutos e três segundos.

Quanto aos restantes dois «monumentos», segue-se Liège-Bastogne-Liège, a 23 de abril. Lombardia é a 7 de outubro.