O ciclista Hugo Sancho foi expulso da Volta a Portugal esta segunda-feira e a sua equipa, a LA Antarte, ameaçou abandonar a prova.

Esta terça-feira no dia de descanso da Volta, o diretor desportivo da equipa, Mário Rocha, afirmou que não vai haver abandono mas que seguem no pelotão sob protesto.

«Nós vamos continuar na corrida, porque não podemos promover uma injustiça para os outros corredores que se prepararam para esta prova por causa de uma injustiça feita ao Hugo Sancho, mas continuamos sob protesto», disse o dirigente.

A equipa fica agora com sete elementos, depois do colégio de comissários ter decidido expulsar Hugo Sancho, por se agarrar a uma viatura durante a quinta etapa, que iniciou no 22.º lugar, a 6.16 minutos do líder Rui Vinhas (W52-FC Porto), tendo sido ainda multado em 200 francos suíços (cerca de 185 euros).

«O nosso protesto é contra a falta de coragem para expulsar outros corredores que fizeram o mesmo que o Hugo, contra a incompetência, por não terem expulsado o Hugo durante a corrida e tentado negociar o abandono durante a etapa - que eu fiz e exigi que acabasse, fora do pelotão mas acabasse - e a falta de profissionalismo», salientou Mário Rocha, considerando inadmissível «a falta de liderança do organismo que rege os comissários em Portugal».

O corredor reagiu nas redes sociais à sua expulsão: «Espero que compreendam a minha posição e não me julguem por este ato, sempre tentei trabalhar o máximo e de forma honesta para ser o mais digno possível. Lamento ter-vos desiludido. Mais tarde escreverei a verdade dos factos que despoletou toda esta situação e acreditem que há gente que julga e pune que nesta situação também cometeu erros.»