No discurso de vitória, Coe disse estar feliz por poder presidir à federação do «melhor desporto do mundo».
«Comecei a correr aos 11 anos. Depois, tive o prazer de entrar num estádio, competir em jogos olímpicos e de fazer parte da organização de Londres2012. Agora, recebi uma medalha de ouro», afirmou Coe na primeira conferência de imprensa após a eleição.
O britânico substituiu Lamine Diack, senegalês que deixa o cargo após 16 anos à frente do organismo envolto em polémica. Nas últimas semanas a IAAF tem sido acusada de permissividade em relação à utilização de substâncias proibidas, depois dos vários casos de doping vindos a público.
Questionado sobre os escândalos de doping que assolam atualmente o atletismo mundial, o novo presidente da IAAF considerou que o uso de substâncias ilegais «é um problema universal», que se aplica a todos os desportos, que não atinge apenas o atletismo».
«Temos de reconhecer que a opinião generalizada é que há lacunas. Provavelmente, um sistema [de controlo] independente vai ajudar a acabar com as dúvidas», considerou o britânico, que na campanha defendeu a criação de uma agência antidoping à margem da IAAF.
Outra das prioridades de Coe é a reformulação dos calendários internacionais, para garantir que mais provas concentrem a atenção mediática.
«Temos muita sorte, porque o atletismo é um desporto que pode disputar-se 12 meses por ano. Temos de assegurar que o calendário seja bem estruturado e que os grandes momentos da temporada cativem o público», explicou o britânico.
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