O ciclista italiano Antonio Tiberi, de 21 anos, campeão mundial júnior de contrarrelógio em 2019, atualmente a representar a Trek – Segafredo, matou a tiro, com uma espingarda de ar comprimido, o gato do ministro do Turismo de San Marino, Federico Pedini Amati.

A história remonta a 21 de junho de 2022, mas foi apenas conhecida com a conclusão da investigação criminal, que ditou uma multa de 4 mil euros a Tiberi, jovem ciclista que reside em San Marino desde março do último ano.

De acordo com o Corriere Della Sera, citando o documento, o gato morreu instantaneamente com «o sinal claro de um buraco de bala na cabeça», depois da ação de Tiberi a partir do seu apartamento.

«Posicionando-se com a espingarda de ar comprimido tipo Hatsan BT65 SC Elite junto à janela do apartamento onde reside em San Marino, o arguido efetuou disparos na direção da Via Istriani, atingindo intencionalmente o crânio de um gato que estava a passar», refere o Corriere Della Sera, citando o processo, referindo que pouco tempo depois «chegou um pedido de intervenção de um cidadão», o que motivou a deslocação de forças policiais ao local. Esse cidadão foi precisamente o ministro Federico Pedini Amati, de 46 anos.

Tiberi, que reside em San Marino atraído pelo sistema de impostos local, adquiriu a arma uma semana antes do crime e declarou ao juiz que a sua «intenção era simplesmente medir a capacidade de tiro da arma». «Tanto que apontei para uma placa de proibição. Confesso também que (igualmente de forma estúpida e inconsciente) tentei acertar num gato. E para minha surpresa acertei mesmo. Não tinha intenção de matar o animal, na verdade estava convencido que a arma não era letal», declarou.

O código penal em San Marino prevê prisão de quatro meses a dois anos para quem cause a morte a animais por crueldade ou sem necessidade, mas Tiberi, sem antecedentes, fica-se pela multa. A arma foi apreendida.

No entanto, o ministro de San Marino já deixou um aviso sério ao ciclista quanto à sua estadia. «O gato não incomodava ninguém, estava connosco há muito tempo. A minha filha de três anos adorava-o. Não se pode matar um animal de estimação e sair impune com uma multa de 4 mil euros. Apreciei que o rapaz admitisse o facto, tendo dito que não precisamos de dar residência a estas pessoas», afirmou.