O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, lamentou esta quinta-feira o desfecho do inquérito feito à Federação Portuguesa de Judo (FPJ), que detetou incompatibilidades e ditou a perda de mandato do presidente Jorge Fernandes.
«Eu conheço a conclusão do inquérito. O inquérito foi feito com total imparcialidade e rigor, e fez apuramento de determinadas ilegalidades que configuram a consequência de perda de mandato do presidente da FPJ. Já lhe liguei [Jorge Fernandes] a dizer que lamentava o desfecho do 'processo'. Porque, é evidente que, nenhum amante do desporto, nenhum dirigente do desporto e muito menos o secretário de Estado do Desporto colhe qualquer aspeto positivo de uma crise ou de um conflito interno de uma modalidade», afirmou João Paulo Correia, em declarações à agência Lusa.
Em agosto, os judocas Telma Monteiro, Catarina Costa – que, entretanto, se demarcou -, Bárbara Timo, Rochele Nunes, Patrícia Sampaio e Anri Egutidze, mais Rodrigo Lopes, acusaram Jorge Fernandes de discriminação e opressão. Em outubro, a saída com confiança reforçada do presidente da Assembleia-Geral da FPJ e o afastamento de funções da selecionadora Ana Hormigo, que se tinha solidarizado com os judocas, no verão, aumentou a crispação no seio do organismo federativo.
Na terça-feira, uma fonte do Instituto Português do Desporto e da Juventude confirmou à Agência Lusa a perda de mandato de Jorge Fernandes, devido ao incumprimento do artigo 51.º do Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD), que prevê a perda de mandato de titulares de órgãos federativos, por inelegibilidade, incompatibilidade ou por terem intervenção em contrato no qual tenham interesse.