O treinador sérvio de basquetebol Zeljko Obradovic, o mais titulado da história da Euroliga, lembrou na terça-feira os bombardeamentos ao seu país em 1999, a propósito da atual guerra na Ucrânia, fruto da invasão russa àquele país do Leste europeu, há cerca de duas semanas.

Depois da derrota da sua equipa, o Partizan Belgrado, ante o Lietkabelis, na Lituânia (93-78) para a Euroliga, Obradovic defendeu que a atenção mediática não foi tão grande quando houve conflitos no território sérvio e noutros, do que aquela que está a ser dada ao que se passa na Ucrânia.

«Eu não quero fazer nenhuma declaração. Esta não é a primeira guerra da nossa vida. Eu tenho 62 anos, lembro-me de muitas coisas na minha vida, mas não me lembro de as pessoas falarem tanto sobre isto. O meu país [ndr: Sérvia] foi bombardeado em 1999 e não vi as pessoas reagirem e falarem. Também no Iraque, na Síria, no Afeganistão», começou por dizer, na conferência de imprensa, quando questionado sobre o assunto.

«Claro que as pessoas têm o direito de falar, claro que como ser humano sou contra qualquer tipo de guerra. Com certeza. Qualquer pessoa que morra por causa da guerra é terrível, mas há mais coisas dentro se queremos debater sobre isto», finalizou Obradovic.

O técnico do Partizan referia-se aos bombardeamentos que aconteceram no final do século XX, quando a NATO agiu militarmente na Jugoslávia, em 1999, durante a Guerra do Kosovo, para acabar com os ataques aos albaneses.