Moreira. Até esta quarta-feira, dúvida. A partir daí, certeza. O guarda-redes recebeu convite para renovar até 2010, uma prova de confiança de quem dirige os destinos do futebol do Benfica, e aceitou. Melhor contrato, maior segurança para um jogador que anda, pela posição que ocupa, muito perto do erro. O internacional sub-21 mereceu-o mais pelo carácter do que pela prova dos nove sobre o seu valor.
As notícias sazonais sobre o Benfica andar nas compras para um guarda-redes mais experiente, com Quim e Ricardo à vez nas manchetes dos jornais e com o ex-boavisteiro a chegar a estar acertado com Boavista, não o fizeram tremer numa baliza onde chegou a estar a prazo. Esse carácter, essa capacidade de resistir a tudo e a todos valeram-lhe uma nova assinatura.
As exibições foram seguras, sim. Se esquecermos o Nacional, na Choupana, Moreira não pode ser acusado de grandes erros. A partida de Trondheim, no entanto, foi talvez a única em que decidiu sozinho, com as suas defesas (algumas espantosas) a valerem a qualificação para os oitavos-de-final da Taça UEFA. Ou seja, Moreira é um valor seguro, mas anda ainda longe de ser um fora-de-série, como outros bons exemplos com a sua idade, o Vítor Baía da titularidade no F.C. Porto aos 18 anos e o Iker Casillas do Real Madrid, já considerado um dos melhores do Mundo. Moreira não pode esquecer que ainda tem muito a provar...