O piloto português Miguel Oliveira manifestou-se de «coração cheio» com o apoio do público no Grande Prémio de Portugal em MotoGP, em Portimão, este domingo, embora o resultado não tenha sido o desejado. Aos comandos da Aprilia, o piloto da Trackhouse Racing acabou no 9.º lugar, após ter partido em 15.º.

«Não tenho palavras para descrever todo o apoio que o público demonstrou. Foi um fim de semana simplesmente de sonho, apesar do resultado. Sei que o apoio é incondicional e estou de coração cheio por isso», disse o piloto português, em declarações aos jornalistas, no final da corrida de MotoGP.

Miguel Oliveira notou ainda, pela positiva, que o único apoio que viu assim foi ao italiano Valentino Rossi, sete vezes campeão do mundo da categoria. «Faço o Mundial há cerca de 14 anos e o único apoio que vi assim do público para com um piloto especificamente, foi só com o Valentino Rossi», apontou o piloto natural de Almada, considerando que fez «uma boa corrida, com um bom arranque, onde conseguiu ter mais estabilidade da moto, depois de algumas afinações».

«Guiei hoje a moto mais estável do fim de semana, que representa algum sinal de melhoria e, por isso, estou ligeiramente mais contente», disse Miguel Oliveira, apontando ainda que a classificação «poderia ter sido diferente».

A cinco voltas do fim da corrida, Miguel rodava na nona posição e perdeu três posições, caindo para o 12.º posto. «[Marco] Bezzecchi ultrapassou-me no final da reta e obrigou-me a alargar muito a trajetória. Quando entrei para a pista tinha perdido três posições», lamentou o português, que viria a subir ao 9.º lugar depois da colisão entre Francesco Bagnaia e Marc Márquez e da queda de Maverick Viñales. Um lugar que «não é de todo um resultado negativo», com Miguel Oliveira a dizer ser «necessário a partir de agora reconstruir todo o trabalho, a base e a confiança».

Sobre se o início do Mundial estava a decorrer conforme as previsões, o atual 14.º classificado (oito pontos), adiantou que «de acordo como decorreram os testes, sim». «Gostava de poder demonstrar um pouco mais, mas tenho tido muitos contratempos com a moto, ao não acertar bem com o setting. A equipa está a ter muitas dificuldades», descreveu, dizendo que «não basta ter uma moto» da Aprilia à frente que sirva de referência e que a equipa «tem de fazer um trabalho grande para poder dar as ferramentas» de que precisa.