O piloto espanhol Jorge Martín venceu, este domingo, o Grande Prémio de Portugal em Moto GP, com o português Miguel Oliveira a terminar na 9.ª posição.

Numa corrida com cinco voltas finais incríveis por diversas incidências, o português conseguiu o objetivo de terminar no top-10, com Enea Bastianini a ficar no segundo lugar e Pedro Acosta, numa grande prestação, a terminar no pódio, com a terceira posição.

Na reta final da corrida, o atual bicampeão do mundo, Francesco Bagnaia, abandonou após uma colisão com Marc Márquez e Maverick Viñales, à entrada para a última volta, perdeu o 2.º lugar para Enea Bastianini e após a primeira curva – aparentemente com um problema na transmissão – perdeu o controlo da mota e caiu sozinho.

Bom arranque de Miguel, de 15.º para 11.º

O piloto português teve um bom arranque, subindo quatro posições logo na primeira volta, de 15.º para 11.º, enquanto Jorge Martín assumiu a liderança, passando Enea Bastianini e Maverick Viñales, com o espanhol a ficar em segundo lugar, à frente do italiano, mantendo a posição de partida em Portimão.

As primeiras três voltas tiveram quedas de Franco Morbidelli e Alex Márquez, mas ambos voltaram à pista, algo que não aconteceu com Raúl Fernández: o colega de Miguel Oliveira na Trackhouse Racing caiu à quarta volta e ditou o primeiro abandono, numa altura em que um erro custou a Jack Miller a perda de alguns lugares no topo.

Pela oitava volta, Pedro Acosta foi protagonista, ao subir ao quinto lugar, depois de uma grandíssima luta com Brad Binder pela 6.ª posição, antes de passar também por Marc Márquez.

Pouco depois, Miguel Oliveira conseguiu subir à 10.ª posição e foi pressionando o 9.º lugar do francês Fabio Quartararo, que responderia com a sua volta mais rápida, algo que o português também viria a conseguir. Porém, sem uma ultrapassagem tão rápida como desejaria. Esta só aconteceria já a caminho do fim da corrida.

Enquanto isso, lá mais à frente, a meio da corrida, Pedro Acosta conseguiu uma breve ultrapassagem ao bicampeão do mundo Francesco Bagnaia, mas o italiano recuperou no imediato, depois de o espanhol de 19 anos ter alargado na curva. A abordagem foi ousada, corajosa, mas Acosta manter-se ia no 5.º lugar… numa luta que teria mais para contar lá à frente.

Cinco voltas finais com muito para contar

Foi finalmente na 20.ª volta, a cinco do fim, que Miguel Oliveira conseguiu ultrapassar Fabio Quartararo, mas a recuperação gradual conheceu um mau capítulo – ainda não se percebeu se foi um erro ou algum problema – na 22.ª volta, quando Miguel caiu num ápice de 9.º para 12.º, ultrapassado por Marco Bezzechi, Quartararo e Aleix Espargaro.

Pelo meio, o campeão mundial de Moto2 em 2023, Pedro Acosta, continuou a exibir-se em grande na sua KTM e ultrapassou mesmo Bagnaia para subir ao 4.º lugar. O italiano acabou depois por ver Marc Márquez aproximar-se, mas a luta pelo 5.º lugar entre ambos acabou… na gravilha. Na antepenúltima volta, Márquez ultrapassou Bagnaia por dentro, o italiano respondeu na mesma moeda, mas um toque entre ambos ditou quedas. Márquez não abandonou, mas Bagnaia sim, ditando o terceiro abandono na prova.

Com isto, Miguel Oliveira subiu a 10.º lugar e acabaria por subir a 9.º, às custas de Maverick Viñales. O espanhol foi ao chão na sua Aprilia de forma inesperada à entrada para a última volta, sozinho, depois de ter sido ultrapassado no 2.º lugar por Enea Bastianini. Viñales abandonaria, proporcionando um pódio histórico a Pedro Acosta, numa corrida em que pontuaram ainda Brad Binder (4.º), Jack Miller (5.º), Marco Bezzecchi (6.º), Fabio Quartararo (7.º), Aleix Espargaro (8.º) – todos à frente de Miguel Oliveira – e anda Fabio Di Giannantonio (10.º), Augusto Fernández (11.º), Joan Mir (12.º), Alex Rins (13.º), Takaaki Nakagami (14.º) e Johann Zarco (15.º).

Jorge Martín é o novo líder do mundial

Com a vitória na corrida em Portugal, Jorge Martín é o novo líder do mundial, com 60 pontos. Brad Binder é agora 2.º, com 42 pontos, seguido de perto por Enea Bastianini (3.º com 39 pontos) e Francesco Bagnaia (4.º com 37).

Miguel Oliveira, que tinha somado um ponto no Qatar, soma mais sete em Portugal e passa a ter oito. Subiu dois lugares na geral, de 16.º para 14.º.