José Mourinho não perdeu muito tempo a pensar na recepção que vai ter no regresso à Luz. É o público que decide, diz, lembrando também que o jogo deste domingo é mais uma etapa do plano de preparação e que nenhum dos treinadores estará muito preocupado com o resultado: «Ainda não pensei na recepção que vou ter, nem vou pensar. É como as pessoas acharem que me devem receber. No futebol habituei-me a tudo: umas vezes a ser mal recebido, outras vezes bem, outras ainda com indiferença. Se estivesse preocupado com isso não tinha escolhido o Benfica para parceiro (digo parceiro e não adversário) de preparação», referiu na conferência de imprensa à chegada a Lisboa.
Apesar de retirar alguma carga competitiva ao jogo, Mourinho enumerou vários pontos de interesse que podem e devem levar público à Luz: «São duas equipas campeãs dos seus países. É o primeiro jogo do Benfica em casa depois da conquista do título, frente a um Chelsea muito português. Nem eu, nem o Koeman, ninguém profissional está preocupado com o resultado, nesta altura da época, mas claro que ninguém gosta de perder. O Benfica tem pela frente um adversário que o motiva, que joga bem e é competitivo».
Sem Drogba, Geremi e Huth, autorizados a terminar as férias mais tarde, por terem estado ao serviço das respectivas selecções, Mourinho confessa que o onze inicial a apresentar na Luz não vai ter grande significado: «Ainda não pensei na equipa que vou pôr de início. Trouxe 23 jogadores, mas o Ricardo Carvalho e o Wayne Bridge não vão poder jogar. Por isso, quero utilizar os 21 disponíveis. Temos 15 sessões de trabalho, há fadiga acumulada e muitos jogadores que vêm de intervenções cirúrgicas. O Cech e o Cudicini vão jogar 45 minutos cada, não interessa quem joga a primeira parte ou a segunda. O Terry e o Gallas, a mesma coisa. Tenho uma equipa base já construída, não perdi jogadores em relação ao ano passado, e sei que nesta altura eles não têm condições para muito mais do que 45 minutos. O jogo vai servir em primeiro lugar para dar rotina, e ritmo», afirmou.