A partir desta sexta-feira podemos começar a fazer planos para o Mundial. Com os jogos definidos, vamos poder preparar a nossa própria agenda para o mês em que todos os dias serão domingo, como escreveu Jorge Valdano. E, claro,  acertar as férias de verão do ano que vem. Ponto prévio: começa a 12 de junho e acaba a 13 de julho. Um mês inteiro, exige planeamento. Outro ponto prévio. Se é um dos muitos milhões que pretende ver os jogos pela televisão, prepare-se para uns serões tardios. Nada de muito dramático, ainda assim. 

De qualquer modo, 20 anos depois, para os adeptos portugueses e europeus em geral, estão de volta as noitadas a ver o Mundial. Desde os Estados Unidos, em 1994, que não era assim. Depois disso o Mundial andou pela Europa (França em 1998 e Alemanha em 2006), pela Ásia (2002) e pela África do Sul (2010). Agora volta à América e volta o calendário a esticar os dias de quem está no fuso horário europeu. Os jogos mais cedo serão às 17h, hora de Portugal continental. Os outros horários são 20h, 21h e 23h, sendo que há um jogo a partir das duas da manhã. Em Manaus, para o Grupo D. O jogo de abertura em São Paulo, com o Brasil, será às 21h, sempre horas portuguesas. E a final, no Rio de Janeiro, às 20h.

Ainda no que diz respeito ao calendário, saiba que haverá dias mais exigentes que outros. O primeiro sábado, dia 14, tem nada menos que quatro jogos. 17h, 20h, 23h e 02h, já pelo domingo dentro. A dose repete-se nos quatro dias das últimas jornadas da primeira fase: 23, 24, 25 e 26 de junho, mas aí com os horários dos dois jogos do mesmo grupo a coincidirem. Depois disso, ao fim de 15 dias seguidos de bola, o Mundial para, por um dia.

A partir daí entramos nas fases a eliminar. Jogos mais decisivos, calendário menos intenso. E horários menos tardios. 17h e 21h, essencialmente. Ainda assim, serão dois jogos por dia ao longo dos oitavos e quartos de final. Paragens há mais três: 2 e 3 de julho, depois 6 e 7, antes das meias-finais, e 10 e 11, antes da final.

Todo o calendário do Mundial

Primeira fase





Segunda fase



Estão de resto no Mundial todos os campeões do mundo até hoje (são oito) e apenas um estreante, a Bósnia. Clique neste link para um guia rápido sobre as seleções presentes. 

E lá?

Se está a pensar ir ao Brasil e viver tudo por dentro, os planos são muito mais complexos. Mas ainda vai a tempo. Antes de mais, saiba que ainda há bilhetes, embora já tenham sido vendidos muitos, segundo as informações da FIFA mais de um milhão dos cerca de três milhões disponíveis. 

Já houve uma primeira fase de venda de ingressos, primeiro atribuídos por sorteio e depois por compra direta. Agora vai começar a 8 de dezembro, depois do sorteio, a segunda fase, nos mesmos moldes: até 30 de janeiro por sorteio, de 26 fevereiro a 1 abril por compra direta. A partir de 15 de abril ainda há uma terceira fase de «bilhetes de última hora», igualmente no site da FIFA e nos locais de venda das 12 cidades. Há várias modalidades, desde bilhetes para um jogo específico a bilhetes para uma determinada equipa ou estádio. Os bilhetes para adeptos internacionais têm três categorias e vão dos 90 dólares para jogos da fase de grupos aos 990 de categoria 1 para a final.

A logística de uma viagem será grande. Os grupos não têm uma localização geográfica única, a mesma seleção jogará em locais diversos. E as distâncias são longas. Há grupos onde uma seleção pode ter de fazer cinco mil quilómetros para jogar os três jogos. E os adeptos com ela, se a quiserem seguir. Planear a viagem implica não apenas o voo para o Brasil, mas também as deslocações entre cidades.

O mapa das cidades-sede no Brasil