* Enviado-especial ao Brasil

Estrela:
  Courtois
Dos poucos titulares que Wilmots decidiu manter na equipa, e percebe-se porquê: foi um seguro contra todos os riscos, correspondendo sempre que a Coreia do Sul passava o paralelo 38 e ameaçava a sua baliza. Espectaculares a defesa a remate de Wook Kim (30 minutos) e a mancha perante Cheol Koo (53). Tem tudo aquilo de que precisa um grande guarda-redes, até a sorte, como no cruzamento-remate de Yong Lee que esbarrou na trave. O melhor guarda-redes da actualidade? Talvez, talvez...

Momento:  Defour num enorme disparate
A primeira oportunidade no Mundial pode muito bem ter sido a última. A expulsão aos 44 minutos, por uma entrada de pitons à perna de Wook Kim, foi um disparate de todo o tamanho, principalmente porque chegou no fim de uma primeira parte interessante em que combinou bem com Mertens na esquerda. Já tinha evitado um golo sobre a linha, na sequência de um canto, mas o vermelho despropositado transformou o «passeio no parque» desejado por Wilmots em sobrecarga de esforços para os companheiros.

OUTROS DESTAQUES:

Januzaj
Muita expectativa quanto à primeira aparição neste Mundial de uma das grandes promessas para a próxima década. Defraudada, diga-se já, face à escassez de intervenções relevantes neste jogo – a melhor, foi um passe a rasgar que lançou Fellaini, para este ser rasteirado à entrada da área (56 minutos). Mas deu a ideia de que foi sempre um corpo estranho numa equipa pouco predisposta a jogar com ele. O que pode ser mais um indício a reforçar a ideia corrente de que a sua inclusão de última hora não foi um assunto pacífico para o grupo.

Origi e Verthongen
O primeiro, o teenager do momento, voltou a confirmar que é pé quente: depois do golo marcado à Rússia, saiu outra vez do banco para agitar as águas, estando na origem do golo, com um belo remate de fora da área que Kim só conseguiu sacudir para a frente. Quem aproveitou foi o capitão do momento, Verthongen, outro dos intocáveis de Wilmots, que justificou a permanência no onze com uma recarga oportuna, embora beneficiando de um ligeiro adiantamento.

«Te-han-min-guk!»
Quem viu o Mundial de 2002 não pode esquecer o grito ritmado de apoio à seleção coreana, que voltou a fazer-se ouvir de forma insistente no Itaquerão. Sem efeito. Mesmo com mais um jogador durante 45 minutos, a Coreia do Sul foi a presença habitual dos últimos anos: muita energia, muita generosidade e rapidez, e pouco mais. O melhor são mesmo os adeptos – como em 2002, aliás.