Menos de uma semana depois dos ataques que mataram cerca de 60 pessoas, o governo do Quénia apelou aos seus cidadãos para não verem o Mundial em espaços públicos.

«Onde possível, pede-se aos quenianos para verem os jogos do Campeonato do Mundo no conforto de suas casas, em vez de em sítios lotados, abertos e desprotegidos», divulgou o Ministério do Interior queniano num comunicado.

Apesar do governo ter reforçado a segurança em todas as partes do país, o ataque de domingo na cidade de Mpeketoni vitimou 50 pessoas que assistiam a um jogo do mundial em hotéis e cafés. Sendo que no dia seguinte, numa vila vizinha, um novo ataque vitimou nove pessoas.

No sentido de garantir que os «proprietários de restaurantes e bares estão livres de criminosos que tentam tirar vantagem do Campeonato do Mundo para perpetrar atos de criminalidade e violência» os «proprietários de bares e restaurantes estão notificados para manter um nível de alerta nas suas áreas de operação», lê-se no comunicado.

O presidente queniano Uhuru Kenyatta, atribuiu a culpa dos massacres às «redes políticas locais» e a uma «rede oportunista de outros gangues criminosos», embora se saiba que os ataques foram reivindicados pela Al-Shabab, célula da Al-Qaeda na Somália.