*Enviado-especial ao Brasil

Paulo Bento assumiu, em conferência de imprensa, que Portugal está numa «situação extremamente complicada» em relação às contas do Grupo G, depois do empate consentido diante dos Estados Unidos (2-2), mas também fala numa «réstia de esperança».

«A nossa situação é extremamente complicada, além de uma dependência de terceiros, temos uma desvantagem na diferença de golos em relação aos outros que é elevada. A réstia de esperança, teremos de jogá-la, continuando a esgotar as nossas possibilidades, que são poucas, mantendo o profissionalismo até ao último dia», referiu.

Um jogo em que voltou a estar em evidência a debilidade física de alguns jogadores, como Cristiano Ronaldo, mas Paulo Bento garante que o capitão não tinha qualquer problema físico. «Clinicamente estava apto, jogou os noventa minutos, não me parece que haja um problema com isso. E não me parece que o que ocorreu neste jogo tenha a ver com um ou outro jogador. Não lhe vou dizer algo sobre uma situação individual, não foi por isso que empatámos», referiu.

Quanto ao jogo na sua globalidade, o selecionador diz que Portugal até teve mais oportunidades. «A análise do jogo, se fôssemos pelas oportunidades, até poderíamos ter tido mais algumas do que os EUA, a mais flagrante foi nossa, na primeira parte [remate ao poste]. Com eficácia total, que nunca é fácil podíamos ter acabado com o jogo ao intervalo», destacou.

A verdade é que Portugal ganhou vantagem cedo, logo aos cinco minutos, mas depois permitiu a reviravolta. «Creio que nunca perdemos verdadeiramente o controlo do jogo, face às condicionantes, as duas equipas optaram por defender bloco médio baixo, e por isso recuámos depois do 1-0. A verdade é que tivemos durante o jogo uma dificuldade grande em tapar o corredor direito dos EUA, tentámos fazer duas linhas de quatro, com Meireles, voltámos assim do intervalo, e creio que as coisas não melhoraram nesse aspecto. Num momento de jogo que até defendemos bem, sofremos um golo de segunda bola, e no segundo, penso que há alguma infelicidade. A igualdade pode aceitar-se«, destacou ainda.